Messi e o papa. 'Hoje foi de verdade um dia inesquecível'

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O atacante argentino do Barça, Lionel Messi, reconheceu nessa terça-feira (13) se sentir “orgulhoso” de ter viajado ao Vaticano para ser recebido em audiência pelo papa Francisco, antes do amistoso entre Itália e Argentina, e também pelo fato do Pontífice ser seu compatriota.

Durante uma coletiva de imprensa, no Vaticano, Messi disse que este tinha sido um “dia especial” pelo fato de ter participado da audiência oferecida por Francisco às delegações da Itália e Argentina, que disputarão no Estádio Olímpico de Roma uma partida em homenagem ao primeiro papa argentino.

“Foi um dia especial. Estou orgulhoso de haver estado aqui para ver o papa, também porque é argentino. O futebol me levou por todo o mundo, para os lugares mais incríveis, mas hoje foi de verdade um dia especial, inesquecível”, disse o atacante.

Messi explicou que não tinha conseguido falar diretamente com Francisco porque havia muita gente, mas afirmou que assume a responsabilidade diante do pedido de que deem bom exemplo dentro e fora de campo.

“O melhor modo de responder é oferecer, amanhã (quarta-feira), um espetáculo limpo, no campo e nas arquibancadas. Este é o modo de continuar um dia assim”, afirmou o jogador, que respondeu com um “tomara” a possibilidade de que Argentina e Itália possam se encontrar na final de um Mundial.

“Nós, os jogadores, temos que dar sempre bom exemplo dentro de campo, somente respeitando o adversário é possível chegar a ser homens e jogadores melhores. Espero que amanhã seja uma partida bonita e que as pessoas possam se divertir”, acrescentou.

O barcelonista não revelou se jogará o amistoso contra a Itália ou se deixará de jogar para evitar se arriscar muito diante de suas contusões físicas, embora gestos seus vistos por alguns presentes, após a audiência com o Papa, apontam que não entrará no gramado.

Na coletiva de imprensa, também compareceu o capitão da seleção italiana, o goleiro veterano Gianluigi Buffon, afirmando que com um papa assim “é mais fácil serem melhores”.

“Certamente, para mim e para todos nós, é um grandiosíssimo orgulho poder participar no ato de amanhã e de hoje. A única coisa que se pode dizer é que é um dia especial, que continuará nas mentes e nos corações de todos nós para sempre”, afirmou o goleiro.

Buffon, que ostentou nunca ter recebido um gol de Messi, por não ter jogado contra ele, recordou, além disso, as palavras que o Papa os dedicou, pedindo para que não se esqueçam de que o futebol, para além de um negócio, continua sendo um esporte.

“Para tentar ser um bom modelo, um jogador precisa tentar manter inalterada sua vocação, a que o aproximou desde pequeno da disciplina que está praticando com esta paixão e vocação, que não é fruto de negócio, mas que é algo inato”, arrematou o goleiro.

De sua parte, o técnico da Itália, Cesare Prandelli, reconheceu que finalmente não poderia insistir para que o Papa comparecesse ao Estádio Olímpico de Roma, amanhã, pois o Pontífice adiantou-se e disse-lhe que não iria, pois no Vaticano “o repreenderiam porque é muito indisciplinado”.

Segundo os presentes na audiência, depois que Francisco foi falar em separado com o atacante italiano Mario Balotelli, como se “estivesse confessando”, o Pontífice argentino afirmou que toda vez que o recriminam, dizendo que é “indisciplinado”, ele responde com um: “mas, você não percebeu de qual povo venho?”.
Religión Digital, 13-08-2013.

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