Dom Marcos Barbosa

Bendito sejas tu, Deus Pai onipotente,
que para nós fizeste o mundo em sete dias
e ao fim de cada um achaste que era bom
tudo aquilo que fizeras.
E que nos deste os sete dias da semana e as sete notas de música
para que pudéssemos cantar, alegres teu louvor.
E que nos deste, as sete virtudes:
as três teologais – Fé, Esperança e Caridade –
pelas quais entramos em comunhão contigo,
e as quatro cardeais – Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança –
pelas quais nos pomos em comunhão contigo e o nosso próximo.
Louvado sejas, porque fizeste nova aliança conosco após o Pecado e o Dilúvio
com as sete cores do arco-íris que se fundem no branco.
Mas louvado, sobretudo louvado, porque fizeste afinal conosco,
em teu Filho, que se fez homem,
uma aliança não apenas nova, mas eterna.
E bendito sejas tu, Filho de Deus feito homem,
Que te comunicas conosco como um artista
ao deixar-nos, voltando ao Pai, os teus sete sacramentos:
Batismo, Confirmação, Eucaristia,
Ordem e Matrimônio,
Reconciliação e Unção dos Enfermos.
Para os quais te serviste dos quatro elementos criados pelo teu e nosso Pai:
Água, Terra, Fogo e Ar.
Que nos comunicam as tuas graças de ressurreição e via eterna...
Mas louvado, três vezes louvado, tu, Espírito Santo,
Que procedes do Pai e do Filho
E nos fostes enviado por ambos
sete vezes sete dias mais um após a Passagem da Páscoa,
na plenitude ardente de Pentecostes.
Espírito Santificador, a completar a obra do Criador e do Redentor,
tornando-te a alma da Igreja
e colocando em cada cristão os teus sete dons:
Sabedoria, Inteligência, Conselho,
Ciência, Força, Piedade
e o suave Temor de Deus.
Sete velas do nosso barco enfunadas pelo sopro divino,
sete chamas do nosso altar,
sete colunas do nosso templo,
levando-nos às sete obras de misericórdia,
pelas quais te damos de comer e beber no nosso próximo,
e vestimos, hospedamos, visitamos, libertamos e sepultamos;
e nos levas ainda às sete obras espirituais:
corrigir os que erram, ensinar os ignorantes, aconselhar os que hesitam,
consolar os aflitos, perdoar as injúrias, suportar as fraquezas
e rezar pelos vivos e mortos.
Bendito sejas tu, Espírito Santo, que nos levas a fugir dos sete pecados capitais,
raízes de todos os outros:
Soberba, Avareza, Inveja,
Luxúria, Gula, Ira e Preguiça.
Se a Primeira Pessoa da Trindade se manifesta a nós como Pai,
pela obra explêndida da criação das coisas, dos homens e da graça;
se a Segunda Pessoa veio a nós como Irmão,
igual a nós em tudo, exceto no pecado;
tu vens às nossas almas como suavíssimo Esposo,
falando a cada uma sua linguagem própria.
Como és justamente a Mão que se estende para levantar-nos e introduzir-nos no Reino,
não pode salvar-se aquele que te recusa e repele.
Bendita sejais, três vezes bendita, Trindade Santíssima,
que aparecestes a Abraão, ceando com ele, sob a forma de três Anjos peregrinos,
que fostes revelada à Virgem Maria pela anunciação do Arcanjo,
e a quem os coros celestes cantam: “Santo, Santo, Santo,
Ó Senhor do Universo!”
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