BEATOS AGATÂNGELO E CASSIANO, PRESBÍTEROS E MÁRTIRES DA ORDEM I

sábado, 7 de agosto de 2010

07 de agosto (para a OFMCap.)
Agatângelo Noury nasceu em Tour, na França, em 1598. Abraçou a vida religiosa em 1619, entrando na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos.
Dedicou toda a sua vida às missões. Foi superior da missão do Cairo, onde muito trabalhou pela união dos coptas com a Igreja de Roma. Em 1637 foi superior da nova missão na Etiópia, tendo como colaborador Cassiano LopezNetto.
Nascido em Nantes, em 1607, Cassiano professou na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em 1623.
Ambos, após poucos meses de atividade na missão, foram presos pelos abissínios, e coroaram o seu apostolado com o martírio na cidade de Gondar, aos 07 de agosto de 1638. Foram beatificados pelo Papa Pio X.

Este é um breve relato a respeito destes dois beatos
franciscanos, présbíteros e mártires. Vale a pena ler mais sobre eles.


Provavelmente teriam permanecido na sombra do esquecimento os dois missionários capuchinhos Agatângelo deVendôme e Cassiano de Nantes, martirizados em Gondar no dia 07 de agosto de 1638, se o servo de Deus Guilherme Massaia, que trabalhou por 35 anos na Alta Etiópia, não tivesse recolhido as tradições orais transmitidas pelos cristãos católicos locais e não tivesse descoberto depois de oportunas verificações o seu túmulo.

Os dois mártires, no culto e na memória, não podem ser separados. A biografia, breve e intensa, não pode ser contada distintamente. O ardor missionário e o fervor apostólico os une em uma única esteira de luz.

Agatângelo, nascido em Vendôme a 31 de julho de 1598, filho de Francisco Noury e Margarida Bégon, desde pequeno conhecia os capuchinhos. Seu pai, muito estimado na região, era presidente do Tribunal de eleição e animador da Comissão para a colheita de fundos quando, em 1606, os capuchinhos chegaram em Vendône para abrir um novo convento.

Agatângelo fez os estudos clássicos no colégio César-Vendône e, amadurecendo a sua vocação, aos 20 anos, entrou para o noviciado de Mans, da Província dos capuchinhos de Touraine-Bretagne, através do Pe. Gilles de Monnay.

Depois da Profissão foi enviado a Poitier em 1620, onde continuou os estudos por três anos com o Pe. Inácio de Nevers e principalmente com o Pe. José de Tremblay de Paris, que era definidor provincial e prefeito da missão de Poitou. Em 1624 estudou Teologia em Renne com Pe. Francisco de Tréluier. Ordenado sacerdote no ano seguinte, experimentou, por pouco tempo, o apostolado de vanguarda das Missões Capuchinhas "volantes" de recatolização em Poitou. Em 1628 quase partindo para as missões, substituindo um missionário, caiu gravemente doente.

Antes de vê-lo em obras é preciso que conheçamos o seu companheiro de martírio, Cassiano de Nantes. Nascido em Nantes, gêmeo com uma irmãzinha, em 14 de janeiro de 1607, de João Lopez Neto e Guida D'Almeras, uma família portuguesa de comerciantes, e batizado um dia depois na igreja de São Similiano com o nome de Gonsalo e chamado depois por todos Vasenet, fez os primeiros estudos no colégio São Clemente, distinguindo-se por uma vivíssima inteligência unida a uma candura de vida que o tornou amável com todos os seus mestres e amigos. Ele cultivava a oração mental, gostando de recolher-se no silêncio da capela dos capuchinhos que, expulsos de Angers em 1583, pelos calvinistas, se refugiaram em Nantes. Vasanettinha apenas nove anos quando quis ser capuchinho. Já aspirava as missões para morrer mártir. Teve que esperar até completar 16 anos e entrou no noviciado de Angers, no dia 16 de fevereiro de 1623, vestiu o hábito capuchinho com o nome de Cassiano. Superado o ano de prova, os superiores o mandaram para continuar os estudos de filosofia e teologia em Rennes, sob a direção de Pe. Francisco de Tréguier, que já fora professor de Pe Agatângelo.

Cultivando sempre a vocação missionária, e consagrado sacerdote pensava que poderia ir para as missões mas, eis que em Rénes estourou a peste e fez estragos por mais de um ano, de 1631 a 1632. Cassiano se consagrou totalmente ao serviço dos contagiados no hospital fora da cidade, mas ficou ileso. Retoma os estudos. Pe. José de Paris, que escolhia bem os seus missionários, era então provincial de Paris e viu em Cassiano o homem adapto, deu-lhe a obediência e de Marcelha foi o embarque para chegar ao Egito onde o esperava o Pe. Agatângelo.

Frei Agatângelo chegara a Alepo em 29 de abril de 1629 onde aprendera a língua árabe e procurava favorecer o retorno à unidade da Igreja.

A nova missão do Egito foi confiada ao Pe. Agatângelo em 1633 pelo Pe. Jove de Paris. Entre os primeiros missionários chegados da França estava também o Pe. Cassiano. Os dois se encontraram em Alexandria e partilharam o restante do seu apostolado, na tentativa de realizar a união da Igreja Copta com a Igreja Romana.

Antes de partir para a Etiópia, Agatângelo e Cassiano, passaram pela Palestina nos lugares santos. Depois, ajudados por um mercador veneziano, em 1638 tomaram uma caravana direta para as costas do Mar Vermelho, através do deserto da Nubia. Em Deborech foram presos. A 05 de agosto de 1638 chegaram a Gondar. Pe. Agatângelo chamava pelo Bispo, mas não sabia da trama de Pedro Píer Leone, luterano de Lubecca que era contra os dois mártires e pusera o novo arcebispo contra os freis Agatângelo e Cassiano.

A 07 de agosto de 1638 novamente interrogados, defenderam a fé católica e Pe. Cassiano, que conhecia bem a língua Amárica (língua da Abissínia), renovou a sua profissão de fé. Seguiu-se logo a condenação à morte. Os dois confessores foram arrastados ao lugar da execução. Tudo estava pronto, mas... faltavam as cordas para o enforcamento. Eles ofereceram os seus cíngulos. Foram assim suspensos na forca. Era meio dia. Um respeitável personagem abissínio, naquele momento, confessou a fé católica e renunciou a cismática.

A causa destes dois mártires, iniciada no século XV, só foi introduzida a 10 de janeiro de 1887.

A 27 de abril de 1904 São Pio X reconhecia a autenticidade do seu martírio e a 1o. de janeiro de 1905 foram proclamados beatos.

(Frei Eurípedes Otoni da Silva - OFMCap.)

Oração:

Ó Deus, que tornastes os mártires Bem-aventurados Agatângelo e Cassiano exímios defensores da fé católica, concedei, por sua intercessão, que todos os povos, gloriando-se do nome de cristãos, cheguem à unidade da verdadeira fé. Por N. S. J. C. vosso filho, nosso irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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