BEATIFICAÇÃO DE IRMÃ DULCE

sexta-feira, 29 de outubro de 2010


O cardeal arcebispo de Salvador (BA), dom Geraldo Majella Agnelo anunciou, na manhã desta quarta-feira, 27 de outubro de 2010, a beatificação da irmã Dulce. O pronunciamento foi feito na sede das Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador, e o cardeal informou que até o fim do ano será conhecida a data da cerimônia de beatificação.
Para ser considerada beata, foi necessária a comprovação da existência de um milagre atribuído à religiosa, fato que aconteceu esta semana em Roma. O processo ainda precisa ser assinado pelo papa para ser concluído.
De acordo com dom Geraldo, a religiosa é exemplo para os cristãos e a sua história de vida é o que justifica a beatificação e o processo de canonização. “Todo santo é um exemplo de Cristo, como foi o caso dela (Irmã Dulce); aquela dedicação diuturna durante toda a vida aos pobres e sofredores”.
Irmã Dulce é a primeira baiana a tornar-se beata e agora está a um passo da canonização. O título de santa só poderá ser conferido após a comprovação de mais dois milagres intercedidos pela religiosa e reconhecidos pelo Vaticano.
A causa da beatificação de Irmã Dulce foi iniciada em janeiro do ano 2000 pelo próprio dom Geraldo Majella. Desde junho de 2001, o processo tramita na Congregação para a Causa dos Santos no Vaticano.
Fonte: CNBB

VOCAÇÃO:"Anjo Bom da Bahia" dedicou a vida aos pobres

Conhecida como o “Anjo Bom da Bahia”, Irmã Dulce nasceu em Salvador, no dia 26 de maio de 1914, e recebeu o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes.
Aos 13 anos, começou a praticar a caridade ajudando os mendigos das ruas de Salvador. Ela recebia os necessitados na casa de sua família, que ficou conhecida na época como a “Portaria de São Francisco”, devido ao grande número de pessoas carentes que se aglomeravam à porta.
Devota de Santo Antônio, costumava rezar muito e pedir sinais da sua vocação religiosa. Ainda com 13 anos, ela foi recusada pelo Convento do Desterro por ser jovem demais e continuou a estudar.
Seis anos mais tarde, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, em Sergipe. Após seis meses de noviciado, tomou o hábito de freira. No dia 15 de agosto de 1934, ela fez sua profissão de fé e voltou à Bahia.
Irmã Dulce dedicou a sua vida aos necessitados. Começou sua obra ocupando um barracão abandonado para abrigar mendigos e chegou a receber o papa João Paulo II quando ele esteve no Brasil, devido ao seu trabalho com idosos, doentes, pobres, crianças e jovens carentes.
Em 1990, a religiosa começou a apresentar problemas respiratórios sendo internada no Hospital Português e depois transferida à UTI do Hospital Aliança e finalmente ao Hospital Santo Antônio.
A freira morreu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos. Em junho deste ano, o corpo de Irmã Dulce foi exposto ao público pela última vez antes de ser transferido para um túmulo lacrado na Capela das Relíquias, em Salvador. Exumado em maio, o corpo da religiosa estava mumificado e seu hábito (traje de freira), preservado.Durante a visita do papa Bento XVI ao Brasil em 2007, o então governador de São Paulo, José Serra, enviou uma carta pedindo a beatificação da religiosa brasileira.

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