O grande apóstolo da caridade, nasceu perto da cidade de Sondrio, norte da Itália, em 1842, de família pobre como sua aldeia natal, mas de profunda religiosidade.Jovem ainda, entrou para o seminário de Como, sendo ordenado padre em 1866.
No dia de sua ordenação, disse a uns clérigos: "Quero fundar um instituto.Vocês me ajudam?"Ao que eles rindo responderam "Sim", dando-lhe vinte centavos cada um. Ele aceitou-os, dizendo: "Podem deixar, eles vão frutificar!" Teve que esperar e sofrer muito para realizar seu sonho de apóstolo da caridade.
Depois de algum tempo em pequenas paróquias, impelido pelo desejo de ajudar os pequenos e infelizes, procurou São João Bosco, o apóstolo da juventude, ficando-lhe afeiçoado e grato nos três anos que com ele conviveu. Sendo chamado de volta à diocese, trabalhava com confiança e esperança, enquanto aguardava a hora da misericórdia de Deus para iniciar as obras para as quais se sentia atraído por vocação. Todas as tentativas de iniciar algo, acabavam logo no início, mas o padre permanecia firme na fé e esperava a hora com paciência.
Tinha caráter forte e não se deixava vencer; austero e rígido, mas doce com os humildes e necessitados, aberto a todos, alegre e acreditava na beleza escondida na alma das pessoas mais difíceis. Passava longas horas à noite com Jesus Eucarístico. "Em tudo e sempre a caridade" era o lema do Padre Guanella: "Parar na caridade não se pode enquanto existam misérias".
Somente depois de vinte anos de sacerdócio, conseguiu abrir uma casa na cidade de Como para abrigar os velhos abandonados, os deficientes físicos e mentais, as crianças órfãs, etc. , o refugo da sociedade mas prediletos de Deus. Esta obra começou humilde como uma semente, que deu espiga e, entre provas e perseguições, cresceu até se tornar imensa, abrigando milhares de necessitados em muitas nações. Fundou duas congregações religiosas com a finalidade de garantir a direção e expansão da obra: Congregação dos Servos da Caridade e das Filhas de Santa Maria da Providência. Ainda em vida sua obra que tendo se estendido por toda a Itália, chegando a cerca de duzentas instituições de caridade, atravessou a Itália e os oceanos e chegou a várias partes do mundo.
Possuía um coração grande e corajoso porque era cheio de Deus e baseava sua descoberta interior na convicção da paternidade de Deus, o Pai, que ama e quer salvar cada homem de toda miséria moral, física e material. Deixou 50 livrinhos populares que bem demonstram o amor e a confiança que depositava em Deus Pai, o Deus da Providência.
Morreu em Como, Itália, a 24 de outubro de 1915, com 73 anos, dedicados intensamente à caridade. Foi declarado bem-aventurado pelo Papa Paulo VI, em 25 de outubro de 1964.
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