Nasceu Lanceloti Avelino, em Castelnuovo, Nápolis, em 1520. Os pais, João e Margarida, muito religiosos, criaram o filho dentro dos ensinamentos de Cristo.
Na época oportuna, enviaram o pequeno Lanceloti para estudar com o tio, pároco da vizinha Senise. Lá ele começou sua vida religiosa exercitando-se no apostolado catequético dos jovens da cidade. Em 1545, já era um sacerdote.
Dois anos depois, seguiu para a cidade de Nápoles, onde, na universidade, diplomou-se em direito canônico.
No exercício da profissão, assistindo a defesa de um sacerdote, decepcionou-se com as artimanhas legais permitidas e, amargurado com a situação, abandonou o processo e a carreira, em 1551. Ao ler na Bíblia as palavras: "A boca mentirosa mata a alma", tomou a decisão abraçando definitivamente o estado eclesiástico, e dedicando-se exclusivamente às coisas da Igreja.
Incumbido pelo arcebispo de Nápoles, de introduzir nas casas religiosas as reformas do Concílio de Trento, foi vítima de muitos aborrecimentos, inclusive atentado contra a sua vida, que ele sofreu com paciência, sem denunciar a ninguém.
Desejoso de atingir a perfeição religiosa, aos trinta anos de idade, tornou-se religioso na Ordem Teatina recebendo o nome de André,e sendo encarregado da formação dos noviços e da direção de várias comunidades religiosas. Foi amigo dos santos bispos Carlos Borromeu e Paulo Burali, ajudando-os em importantes missões nas suas dioceses.
Cultivava grande zelo nas atividades pastorais e na pregação. Homem virtuoso, possuía grande paciência e mansidão, retribuindo com verdadeira caridade as perseguições sofridas. Austero consigo, culto e de grande atividade, relacionou-se com muitas personalidades e dirigiu muitas almas no caminho da perfeição, tendo recusado aceitar o episcopado que o papa lhe queria confiar. Sua vida foi toda dedicada ao serviço da Igreja, e muito fecunda de iniciativas pastorais, no amor ao próximo.
Deus concedeu-lhe vida longa durante a qual enriqueceu de bondade e obras santas a vida da Igreja e dos irmãos, sendo um exemplo de humildade, disciplina e dedicação total à caridade, atendendo com amor os pobres e doentes.Durante toda a vida, dedicou-se aos pobres, encarcerados e agonizantes, sendo também diretor espiritual. Disciplinava seu corpo todos os dias, e pedia a Deus em suas orações, mais sofrimento, porque se achava pecador e não queria que lhe faltasse em cada dia o sofrimento. "Tudo o que faço e sofro, que é isso em comparação com o que Jesus fez e sofreu por mim? Quem me dera que em sua honra fosse flagelado, pregado na cruz e assim pudesse exalar meu último suspiro!", escreveu ele a respeito da terna devoção à sagrada paixão e morte de Cristo.Deixou escritas mais de três mil cartas de direção espiritual, várias obras de comentários bíblicos, discursos, etc, num total de sete grandes volumes.
No dia 10 de novembro de 1608, quando iniciava a Santa Missa pela manhã, sofreu um ataque apoplético ficando com a língua e o lado direito paralisados.Morreu na tarde desse mesmo dia, com 88 anos de idade.. Em 1712 foi canonizado pelo Papa Clemente XI.
Santo André Avelino é invocado pelos devotos como protetor celestial contra a morte repentina.
Santo André Avelino, rogai por nós.
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