BEM-AVENTURADO DIOGO JOSÉ DE CÁDIZ, PRESBÍTERO, PREGADOR, RELIGIOSO DA ORDEM I - 24 DE MARÇO

quinta-feira, 24 de março de 2011

O Beato Diogo descrevia assim a sua vocação religiosa: "Todo o meu afã era ser capuchinho, para ser missionário e santo". 
Este religioso Capuchinho andou sempre a pé e as suas viagens estendem-se da Extremadura a Roma. As suas pregações eram dirigidas muitas vezes a grandes multidões, desde a nobreza aos mais pobres, dos intelectuais aos mais simples. Alimentava a alma com várias horas por dia de oração mental. A missão concreta da sua vida e o porque da sua existência poderiam resumir-se nesta única afirmação: foi o enviado de Deus à Espanha no fim do séc. XVIII e o autêntico missionário do povo espanhol.

O Beato Diogo José de Cádiz nasceu em Cádiz, Espanha, a 30 de março de 1743. Filho de família nobre e ilustre ficou órfão de mãe aos nove anos. Pediu e foi admitido no noviciado dos Capuchinhos em Sevilha, a 30 de março de 1758. Ali fez sua profissão em 31 de março de 1759. Depois de sete anos, durante os quais fez seus estudos de Filosofia e Teologia, recebeu a ordenação sacerdotal em Carmona. 

Atraído, por temperamento e vocação, para o apostolado ativo, trabalhou intensamente, com a palavra e com a escrita difusão da fé, em promover o entusiasmo religioso no meio do povo espanhol, lançando uma cruzada contra os revolucionários franceses de 1793 a 1795. Desta sua luta, deixou como testemunho, o livro “El soldado católico en guerra de religión”, redigido em forma de carta ao sobrinho Antônio inscrito voluntariamente no exército. 

Difundiu eficazmente a devoção à Santíssima Trindade e a Nossa Senhora sob a invocação de Mãe do Divino Pastor. Foi escolhido para consultor e teólogo em várias dioceses e constituíram- no cônego honorário em muitos cabidos de catedrais. Foi sócio de várias Universidades e Institutos de cultura. Mostrou-se modelo de capelão militar. Sua apurada educação clássica, seu bom senso intuitivo e a tradição franciscana salvaram-no do intelectualismo que predominava no seu tempo, mantendo-o na linha da pregação evangélica recomendada por São Francisco que, pelo fato de ser a mais simples, é também a mais sóbria 
e a mais eficaz. 

Dotado por Deus de inteligência fora de série, converteu-se no grande apóstolo da Espanha, que ele percorreu a pé, coberto com seu hábito e agarrado ao seu crucifixo. Dotado de amor ardente à Igreja, entregava-se longamente ao estudo da Sagrada Escritura para depois poder combater os erros do seu tempo em pregações ao povo e também à gente da cultura e das letras. A oração, a penitência, a austeridade tornaram fecunda sua admirável vida tão ativa e enriquecida também com milagres. 

O Senhor chamou-o, em Ronda, junto a Málaga, a 24 de março de 1801, com 58 anos de idade, depois de 32 anos de intensa atividade missionária. Deixou-nos, além de três mil sermões já mencionados, numerosos escritos, entre os quais, preciosas cartas espirituais. Foi sepultado no santuário de Nossa Senhora da Paz, em Ronda, onde faleceu. O Papa Leão XIII, a 1º de abril de 1894, beatificou-o na Basílica de São Pedro, em Roma.

ORAÇÃO 
Senhor, que concedestes ao Beato Diogo José de Cádiz a sabedoria dos santos, e fizestes dele guia e modelo para o seu povo, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de sabermos discernir o que é bom e justo, a fim de anunciarmos a todos os homens a riqueza insondável da verdade que é Cristo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
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