Resgatistas italianos encontraram mais 20 corpos próximos a um barco que naufragou na costa da ilha italiana de Lampedusa, nesta quinta-feira (3), aumentando para ao menos 100 o número de mortes no acidente, informou a agência de notícias Reuters.
Segundo a agência
France Presse , 130 pessoas morreram. A agência cita fontes da Guarda Costeira
e já havia informado que 151 pessoas foram resgatadas vivas. A Associated Press
fala em 104 mortos.
Ainda estão em curso
os trabalhos de retirada das vítimas, explicou a prefeita da ilha italiana,
Giusi Nicolini. A Guarda Costeira informou que cerca de 200 pessoas ainda estão
desaparecidas.
De acordo com a
primeira reconstituição dos fatos, a embarcação virou em frente a "Isola
dei Conigli", uma ilhota que pertence a Lampedusa, e tinha a bordo cerca
de 500 imigrantes, inclusive mulheres e crianças.
As vítimas explicaram
que são da Eritréia e da Somália e que zarparam do litoral da Líbia.
O Alto Comissariado
das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e a Organização Internacional para
Imigrantes disseram que as vítimas podem ser da Eritréia e confirmou que elas
teriam saído da Líbia.
O responsável da Agência de Saúde de Palermo, Antonio
Candela, que coordena as operações de assistência aos imigrantes resgatados,
informou que foram recuperadas 150 pessoas, entre elas dezenas de crianças,
algumas com poucos meses de idade, e mulheres grávidas.
Participam das operações de resgate a Guarda Litorânea
italiana e a Guardia di Finanza, a polícia de fronteiras do país, além de
barcos pesqueiros e embarcações particulares.
As autoridades da ilha
solicitam há meses ajuda à Itália e à União Europeia para enfrentar o fenômeno,
denunciado também pelo papa Francisco durante uma visita à ilha em julho.
Já Alfano reagiu à
tragédia convocando a União Europeia a ajudar a Itália, afirmando que se trata
de um drama europeu, e não apenas italiano.
No Twitter, o Papa Francisco pediu orações pelas vítimas da
tragédia. "Rezemos pelas vítimas do trágico naufrágio na costa de
Lampedusa", disse o pontífice.
'É uma vergonha. A
palavra que me vem à mente é vergonha', declarou o Papa ao ser informado da
tragédia.
O Papa argentino,
filho de imigrantes italianos, visitou no dia 8 de julho a pequena ilha de
Lampedusa, em sua primeira viagem dentro da Itália, durante a qual denunciou a
indiferença do mundo frente ao drama dos imigrantes que fogem de seus países em
busca de uma vida melhor.
Muito sensível ao
tema, Francisco condenou o sistema econômico atual, que marginaliza as camadas
mais pobres da sociedade.
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