Naufrágio de barco de imigrantes na Itália

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Resgatistas italianos encontraram mais 20 corpos próximos a um barco que naufragou na costa da ilha italiana de Lampedusa, nesta quinta-feira (3), aumentando para ao menos 100 o número de mortes no acidente, informou a agência de notícias Reuters.

Segundo a agência France Presse , 130 pessoas morreram. A agência cita fontes da Guarda Costeira e já havia informado que 151 pessoas foram resgatadas vivas. A Associated Press fala em 104 mortos.
Ainda estão em curso os trabalhos de retirada das vítimas, explicou a prefeita da ilha italiana, Giusi Nicolini. A Guarda Costeira informou que cerca de 200 pessoas ainda estão desaparecidas.
De acordo com a primeira reconstituição dos fatos, a embarcação virou em frente a "Isola dei Conigli", uma ilhota que pertence a Lampedusa, e tinha a bordo cerca de 500 imigrantes, inclusive mulheres e crianças.
As vítimas explicaram que são da Eritréia e da Somália e que zarparam do litoral da Líbia.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e a Organização Internacional para Imigrantes disseram que as vítimas podem ser da Eritréia e confirmou que elas teriam saído da Líbia.
O responsável da Agência de Saúde de Palermo, Antonio Candela, que coordena as operações de assistência aos imigrantes resgatados, informou que foram recuperadas 150 pessoas, entre elas dezenas de crianças, algumas com poucos meses de idade, e mulheres grávidas.
Participam das operações de resgate a Guarda Litorânea italiana e a Guardia di Finanza, a polícia de fronteiras do país, além de barcos pesqueiros e embarcações particulares.

As autoridades da ilha solicitam há meses ajuda à Itália e à União Europeia para enfrentar o fenômeno, denunciado também pelo papa Francisco durante uma visita à ilha em julho.
Já Alfano reagiu à tragédia convocando a União Europeia a ajudar a Itália, afirmando que se trata de um drama europeu, e não apenas italiano.

No Twitter, o Papa Francisco pediu orações pelas vítimas da tragédia. "Rezemos pelas vítimas do trágico naufrágio na costa de Lampedusa", disse o pontífice.
'Uma vergonha', afirma o Papa
'É uma vergonha. A palavra que me vem à mente é vergonha', declarou o Papa ao ser informado da tragédia.
O Papa argentino, filho de imigrantes italianos, visitou no dia 8 de julho a pequena ilha de Lampedusa, em sua primeira viagem dentro da Itália, durante a qual denunciou a indiferença do mundo frente ao drama dos imigrantes que fogem de seus países em busca de uma vida melhor.
Muito sensível ao tema, Francisco condenou o sistema econômico atual, que marginaliza as camadas mais pobres da sociedade.


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