Papa encontra jesuíta torturado pela ditadura argentina

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Cidade do Vaticano - O papa Francisco se reuniu nesse sábado (5) com o padre jesuíta Franz Jalics, que em 1976 foi sequestrado pelo regime militar da Argentina (1976-1983). Jalics, atualmente com 86 anos, foi preso e torturado junto com o também jesuíta Orlando Yorio.
Os dois passaram por sessões de tortura e foram mantidos prisioneiros por cinco meses. Naquela ocasião, o então sacerdote Jorge Mario Bergoglio liderava a Companhia de Jesus na Argentina e, por isso, foi alvo de críticas, as quais o acusaram de conivência com a prisão dos jesuítas. As acusações contra Bergoglio foram lançadas, principalmente, pelo jornalista Horacio Verbitsky, e ganharam projeção internacional após sua eleição como papa, em março.
Segundo Verbitsky, os jesuítas foram presos após uma delação de Bergoglio. Fontes vaticanas destacaram que o encontro deste sábado foi marcado por comoção entre o Papa e Jalics. Após a eleição de Bergoglio, o jesuíta chegou a divulgar uma carta comentando as denúncias contra Francisco. "Eu me reconciliei com esses eventos e, por mim, essa história está encerrada", disse Jalics, em um comunicado publicado no site Jesuiten.org.
"Desejo ao papa Francisco a rica benção de Deus pela sua função", destacou Jalics, na ocasião. Posteriormente, o jesuíta afirmou ter certeza de que Bergoglio não havia relação com sua prisão e apontou como possível motivo o fato de ter nascido na Hungria, o que teria levado os militares a o considerarem um possível espião do bloco soviético.
SIR/ANSA

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