Uma Igreja despojada da mundanidade

quinta-feira, 10 de outubro de 2013


Foi uma visita altamente simbólica a que o Papa Francisco fez a Assis a 4 de Outubro, festa litúrgica do santo padroeiro da Itália. Do comovedor encontro com as crianças doentes e deficientes hospedadas no Instituto Seráfico, à saudação aos pobres, aos imigrados e aos desempregados, na Sala da Espoliação, à celebração da missa na praça central, a visita pastoral foi um remeter contínuo para as raízes espirituais do pontificado de Jorge Mario Bergoglio.
A terceira viagem do Papa Francisco na Itália desenrolou-se através dos lugares que marcaram a vicissitude humana e religiosa do santo de Assis. Tendo chegado antecipadamente em relação à hora programada - acompanhavam-no também os oito membros do Conselho de cardeais que se reuniram nestes dias no Vaticano - o bispo de Roma quis abraçar imediatamente os pequeninos assistidos no Seráfico. E pondo de lado o discurso preparado, improvisou uma reflexão sobre as chagas de Cristo, exortando os cristãos a reconhecer e acolher "a carne de Jesus". Depois da visita em privado ao santuário de São Damião, o Papa transferiu-se para o paço episcopal de Assis, onde na sala que recorda a Espoliação de Francisco falou aos pobres assistidos pela Cáritas. Entre eles havia desempregados e desabrigados, aos quais o Pontífice se dirigiu com um novo discurso improvisado, no qual advertiu a Igreja do risco da "mundanidade espiritual" que "mata a alma" e "mata as pessoas".




(©L'Osservatore Romano - 6 de outubro de 2013)

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