Madri, 02 nov (SIR) - Pároco da igreja de Santo Antonio de la Florida, de Madrid , na Espanha, padre Juan Luis Rascón Ors, ciente da lacuna deixada pela distância entre o batismo, a catequese e a primeira eucaristia, lançou, em sua paróquia, um programa que antecipa a preparação dos sacramentos. Em artigo ao site Religión en Libertad, o religioso comenta sobre a formação catequética e explica o motivo de focar seu trabalho na instrução da fé.
Faz alguns anos que se implanta nas paróquias um plano completo de catequese para a iniciação cristã das crianças. Mas o que isto quer dizer? Se um adulto quisesse ser batizado, teria que entrar no catecumenato e receber, durante um tempo (dois ou três anos), as instruções necessárias para receber os sacramentos de iniciação cristã (Batismo, Confirmação e Eucaristia). Tudo isso deixa subtendido que o catequizado teve uma experiência prévia de Deus, que lhe foi anunciado o evangelho e que ele crê em Jesus Cristo, e, por isso, pode ingressar na Igreja.
No caso das crianças, durante séculos, a igreja considerou bom, em virtude da fé dos pais e com a certeza da educação da fé, não atrasar o batismo. Por isso se “salta” a catequese prévia, e a aplicam quando as crianças ficam maiores, completando a iniciação cristã com os sacramentos da Confirmação e da Eucaristia um pouco mais tarde. Mas assim, caímos no vício de considerar a catequese como uma “preparação” para receber tais sacramentos, e não como um itinerário completo e integral de instrução da fé.
Em todo caso, a transmissão da fé estaria garantida na família. Estamos certos disso? Hoje (…), encontramos com crianças que começam o processo de iniciação cristã sem ter nenhuma experiência com Deus e sem crer em Jesus Cristo. Mas então, de quem é a culpa? Agora não é momento de culpar, mas sim de assumir responsabilidades. Eu, como responsável pela catequese da minha paróquia, tenho o dever de assegurar que o processo de iniciação cristã termine por completo e com a maior perfeição possível.
Mas isso não tem como ocorrer se as crianças recebem catequese sem ter experiência com Deus e um encontro como Jesus. Por isso, estamos dedicando o primeiro semestre a um curso para que as crianças possam ter experiência com o divino. Alguns alunos, graças a Deus, já têm, porque vivem a fé dentro de casa. Muitos outros, não têm nem a mínima experiência, porque não vivem em suas casas, ou vivem abertamente contra a fé. (…) Em qualquer caso, para todas as crianças inscritas na catequese, estamos fazendo uma oficina de Oração e Vida que durará até o Natal, para que os iniciantes tenham um encontro com Jesus através da oração.
Depois, só depois, começarão o processo de catequese (…). Isto é o que proponho nesta oficina. Não é o único caminho, pode haver outros. Eu quero continuar explorando maneiras de fazer o que é chamado de “Primeiro anúncio” ou querigma da fé com as crianças.
No caso das crianças, durante séculos, a igreja considerou bom, em virtude da fé dos pais e com a certeza da educação da fé, não atrasar o batismo. Por isso se “salta” a catequese prévia, e a aplicam quando as crianças ficam maiores, completando a iniciação cristã com os sacramentos da Confirmação e da Eucaristia um pouco mais tarde. Mas assim, caímos no vício de considerar a catequese como uma “preparação” para receber tais sacramentos, e não como um itinerário completo e integral de instrução da fé.
Em todo caso, a transmissão da fé estaria garantida na família. Estamos certos disso? Hoje (…), encontramos com crianças que começam o processo de iniciação cristã sem ter nenhuma experiência com Deus e sem crer em Jesus Cristo. Mas então, de quem é a culpa? Agora não é momento de culpar, mas sim de assumir responsabilidades. Eu, como responsável pela catequese da minha paróquia, tenho o dever de assegurar que o processo de iniciação cristã termine por completo e com a maior perfeição possível.
Mas isso não tem como ocorrer se as crianças recebem catequese sem ter experiência com Deus e um encontro como Jesus. Por isso, estamos dedicando o primeiro semestre a um curso para que as crianças possam ter experiência com o divino. Alguns alunos, graças a Deus, já têm, porque vivem a fé dentro de casa. Muitos outros, não têm nem a mínima experiência, porque não vivem em suas casas, ou vivem abertamente contra a fé. (…) Em qualquer caso, para todas as crianças inscritas na catequese, estamos fazendo uma oficina de Oração e Vida que durará até o Natal, para que os iniciantes tenham um encontro com Jesus através da oração.
Depois, só depois, começarão o processo de catequese (…). Isto é o que proponho nesta oficina. Não é o único caminho, pode haver outros. Eu quero continuar explorando maneiras de fazer o que é chamado de “Primeiro anúncio” ou querigma da fé com as crianças.
SIR
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