Não batizar filhos de mães solteiras é 'doentio', alerta o papa

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Cidade do Vaticano - O papa Francisco recordou em sua entrevista ao jornal La Stampa que no ano passado, quando era Arcebispo de Buenos Aires, denunciou a atitude de alguns sacerdotes que se opunham a batizar filhos das mães solteiras. "É uma mentalidade doentia", precisou.
O Santo Padre fez este comentário ao falar sobre a prudência nos sacramentos em sua exortação Apostólica Evangelii Gaudium. Ele disse a respeito que "devemos buscar facilitar a fé das pessoas mais que controlá-la. O ano passado na Argentina denunciei a atitude de alguns sacerdotes que não batizavam filhos de mães solteiras. Isto é uma mentalidade doentia".
O papa indica ainda que "quando falo de prudência não penso em uma atitude paralisadora, mas em uma virtude de quem governa. A prudência é uma virtude de governo. Também a audácia. É preciso governar com audácia e com prudência. Falei do batismo e da comunhão como alimento espiritual para seguir adiante, e que deve ser considerado como um remédio e não como um prêmio. Alguns pensaram imediatamente nos sacramentos para os divorciados que se tornaram a casar, mas eu nunca falo de casos particulares: eu só queria indicar um princípio".
Ao ser perguntado sobre os divorciados voltados a casar, o pontífice indicou que "a exclusão da comunhão para divorciados que vivem uma segunda união não é um castigo. É preciso recordá-lo. Mas não falei disto na Exortação". Eles serão um importante tema no Sínodo da Família de outubro de 2014.
Sobre o trabalho dos oito cardeais conselheiros para a reforma da Cúria do Vaticano, o papa Francisco indicou que "o trabalho é longo. Quem queria apresentar propostas ou enviar ideias já o fez. O cardeal Bertello recolheu as opiniões de todos os dicastérios vaticanos. Recebemos sugestões dos bispos de todo o mundo. Na última reunião, os oito cardeais disseram que chegamos ao momento de apresentar propostas concretas e no próximo encontro, em fevereiro, entregar-me-ão suas primeiras sugestões".

"Eu sempre estou presente nos encontros, exceto na quarta-feira na manhã pela audiência (geral). Mas não falo, só escuto, e isto me faz bem. Um cardeal idoso me disse faz alguns meses: ´Sua Santidade já começou a reforma da Cúria com a missa cotidiana na Casa Santa Marta´. Isto me fez pensar: a reforma começa sempre com iniciativas espirituais e pastorais, antes que mudanças estruturais".
SIR

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