Pe. Adolfo Nicolàs: Para Francisco, "a direção aos jesuítas é dada por Santo Inácio"

sábado, 11 de janeiro de 2014

O Papa, com a missa que celebrou na Igreja de Jesus no dia 3 de janeiro, “quis dizer que entre os jesuítas a direção é dada por Santo Inácio e que ele vinha como ‘irmão entre os irmãos’ para escutar a Palavra de Deus e para deixar-se guiar por ela”. Foi o que afirmou o Prepósito Geral dos Jesuítas, Padre Adolfo Nicolàs, acrescentando que “a maior parte dos jesuítas presentes (346) sentiram-se reconhecidos nas palavras da homilia e sentiram-se interpelados pelo Papa Francisco no fundo dos seus corações”.
As impressões do Superior dos jesuítas sobre a missa celebrada pelo Papa Francisco estão disponíveis no serviço de informações dos jesuítas. Padre Nicolàs destacou algumas partes da homilia que mais o tocaram, como “a necessidade de concentrar-se em Cristo”, o fato que os jesuítas devam ser “pessoas inquietas” e “homens de grandes anseios”, e a necessidade de “evangelizar com doçura, fraternidade e amor”. “Estamos diante de desafios importantes – afirmou Padre Nicolàs –como harmonizar a tensão com a paz interior, grandes anseios com um estilo fraterno e doce ao apresentar o Evangelho.

O jesuíta, segundo Papa Francisco, é um homem em tensão, consciente de ser incompleto diante de Jesus e de Deus, e portanto, ansioso de um “algo a mais”, mas esta tensão é interior e o torna sempre “peregrino em busca do outro”, um homem com anseios difíceis de serem satisfeitos; e ao mesmo tempo consciente das suas lacunas interiores, das suas imperfeições e do seu pecado, incapaz de considerar-se melhor do que qualquer outro, e portanto, que não vê nunca a si mesmo como o amante perfeito e exigente, mas antes, como o ser amado e perdoado ‘com o outro’”.

Padre Nicolàs, a este propósito, afirmou poder “dizer com toda a sinceridade que este é o estilo da celebração do bicentenário (da reconstrução da Companhia). Desejamos que seja um ano de estudo e reflexão. Todas as crises da história trazem em si uma sabedoria escondida que é necessária revelar. Para nós jesuítas esta é a comemoração da nossa maior crise. E portanto, importante, que além dos eventos que conhecemos, descobrimos o bem e o mal das nossas ações, para reavivar aqueles grandes anseios de quem falava o Papa e prosseguir a obra de evangelização, aperfeiçoando a nossa irmandade e intensificando o amor”.
SIR

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