Esperança, uma mensagem ao Oriente Médio

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

'A todos quero oferecer uma palavra de consolação', afirmou o papa aos cristãos vítimas de perseguição.
Não é possível resignar-se à lógica do conflito e do terrorismo "que comete todos os tipos de abusos e práticas indignas do homem". Na vigília do Natal o papa Francisco volta a expressar proximidade e solidariedade para com os cristãos do Oriente Médio vítimas de violências que parecem não ter fim.

"A todos quero oferecer uma palavra de consolação", escreve Francisco numa carta, manifestando a esperança de "ter a graça de ir pessoalmente para vos visitar e confortar".

Ao denunciar o agravar-se constante das perseguições que atingem diversos grupos religiosos e étnicos - "sobretudo devido às ações de uma mais recente e preocupante organização terrorista de dimensões antes inimagináveis" - o pontífice convida a comunidade internacional a "ir ao encontro" das necessidades das populações. Em particular, pede um compromisso decisivo para promover a paz "mediante a negociação e o trabalho diplomático" e "para conter e deter quanto antes a violência que já causou muitos prejuízos".

Francisco reitera "a sua firme deprecação do tráfico de armas". E recorda: "temos sobretudo necessidade de projetos e iniciativas de paz, para promover uma solução global dos problemas da região". Nesta perspectiva deseja que "quem foi obrigado a deixar as próprias terras, possa voltar e viver em dignidade e segurança". Ao mesmo tempo, espera que "a assistência humanitária possa incrementar-se, pondo sempre no centro o bem da pessoa e de todos os países no respeito da sua própria identidade".

Dirigindo-se diretamente aos fiéis do Oriente Médio, o papa recomenda também que se incrementem as "boas relações" e a "colaboração" entre todos os crentes em Cristo. "Os sofrimentos padecidos pelos cristãos oferecem uma contribuição inestimável à causa da unidade" recorda, sublinhando que se trata de uma presença "preciosa" e significativa sobretudo "na terra onde nasceu e se difundiu o cristianismo". Além disso, o Pontífice realça de novo a necessidade do diálogo entre as religiões – em particular com o islão – indicando-o como "o melhor antídoto contra a tentação do fundamentalismo religioso". Francisco pede também "uma tomada de consciência clara e corajosa por parte de todos os responsáveis religiosos, para condenar de forma unânime e sem ambiguidade alguma" a violência praticada em nome da religião.
A12, 23-12-2014.
29/12/2014  |  domtotal.com

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