Por Dom Aldo Pagotto*
Na convivência humana na família e na sociedade, os conflitos de interesses são inevitáveis. Preconceitos, ciúmes, inveja e outras paixões desordenadas podem induzir a reações emotivas negativas, seguidas de palavras e gestos dificilmente contornáveis. Então a vida pode se tornar desumana. Quem se presta a comentar a vida alheia, sem conhecer o mérito dos fatos, baseando-se no “diz que diz”, cometerá erros execráveis. Deflagrada uma série de boatos, como numa avalanche, muita gente fica sufocada ou destruída por dentro. O Papa Francisco experimenta na própria pele os efeitos de interpretações deturpadas sobre suas atitudes. Por isso nos oferece alguns conselhos.
“Na nossa vida causamos transtornos na vida de muitas pessoas, porque somos imperfeitos. Nas esquinas da vida, pronunciamos palavras inadequadas, falamos sem necessidade, incomodamos. Nas relações mais próximas, agredimos sem intenção ou intencionalmente. Mas agredimos. Não respeitamos o tempo do outro, a história do outro. Parece que o mundo gira em torno dos nossos desejos e o outro é apenas um detalhe. E, assim, vamos causando transtornos. Esses tantos transtornos mostram que não estamos prontos, mas em construção. Tijolo a tijolo, o templo da nossa história vai ganhando forma. O outro também está em construção e também causa transtornos. E, às vezes, um tijolo cai e nos machuca. Outras vezes, é cal ou cimento que suja nosso rosto. E quando não é um, é outro. E o tempo todo nós temos que nos limpar e cuidar das feridas, assim como os outros que convivem conosco também têm de fazer. Os erros dos outros, os meus erros. Os meus erros, os erros dos outros. Esta é uma conclusão essencial: todas as pessoas erram. A partir dessa conclusão chegamos à necessidade humana e cristã: o perdão. Perdoar é cuidar das feridas e sujeiras. É compreender que os transtornos são muitas vezes involuntários. Que os erros dos outros são semelhantes aos meus erros e que, como caminhantes de uma jornada, é preciso olhar adiante. Se nos preocupamos com o que passou, com a poeira, com o tijolo caído, o horizonte deixará de ser contemplado. Será um desperdício. O convite que faço é que você experimente a beleza do perdão. É um banho na alma! Deixa leve! Se eu errei, se eu o magoei, se eu o julguei mal, desculpe-me por todos esses transtornos. Estou em construção”.
Não é preciso acrescentar nada aos conselhos tão sábios, quanto práticos do Papa! Peçamos ao Senhor a graça do conhecimento de sua Palavra, trazendo-nos as luzes indispensáveis para assumir a missão que Ele nos confia, jamais destruindo quem quer que seja.
“Na nossa vida causamos transtornos na vida de muitas pessoas, porque somos imperfeitos. Nas esquinas da vida, pronunciamos palavras inadequadas, falamos sem necessidade, incomodamos. Nas relações mais próximas, agredimos sem intenção ou intencionalmente. Mas agredimos. Não respeitamos o tempo do outro, a história do outro. Parece que o mundo gira em torno dos nossos desejos e o outro é apenas um detalhe. E, assim, vamos causando transtornos. Esses tantos transtornos mostram que não estamos prontos, mas em construção. Tijolo a tijolo, o templo da nossa história vai ganhando forma. O outro também está em construção e também causa transtornos. E, às vezes, um tijolo cai e nos machuca. Outras vezes, é cal ou cimento que suja nosso rosto. E quando não é um, é outro. E o tempo todo nós temos que nos limpar e cuidar das feridas, assim como os outros que convivem conosco também têm de fazer. Os erros dos outros, os meus erros. Os meus erros, os erros dos outros. Esta é uma conclusão essencial: todas as pessoas erram. A partir dessa conclusão chegamos à necessidade humana e cristã: o perdão. Perdoar é cuidar das feridas e sujeiras. É compreender que os transtornos são muitas vezes involuntários. Que os erros dos outros são semelhantes aos meus erros e que, como caminhantes de uma jornada, é preciso olhar adiante. Se nos preocupamos com o que passou, com a poeira, com o tijolo caído, o horizonte deixará de ser contemplado. Será um desperdício. O convite que faço é que você experimente a beleza do perdão. É um banho na alma! Deixa leve! Se eu errei, se eu o magoei, se eu o julguei mal, desculpe-me por todos esses transtornos. Estou em construção”.
Não é preciso acrescentar nada aos conselhos tão sábios, quanto práticos do Papa! Peçamos ao Senhor a graça do conhecimento de sua Palavra, trazendo-nos as luzes indispensáveis para assumir a missão que Ele nos confia, jamais destruindo quem quer que seja.
CNBB 16-09-2015.
*Dom Aldo Pagotto é arcebispo Metropolitano da Paraíba.
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