SÃO ZEFERINO, PAPA, SEC. III, MÁRTIR, 26 DE AGOSTO

domingo, 26 de agosto de 2012



UMA PÁGINA CURIOSA DA HISTÓRIA DA IGREJA.

Ano da eleição: 199 (após a morte do Papa Vítor)

Origem: romano, filho de Abôndio.

Ano da morte: 217 (Durante a perseguição do imperador Setímio Severo-202 a 218, que ceifou numerosas vítimas e cerceou a atividade da Igreja. A vítima mais ilustre desta perseguição foi Zeferino, juntamente com o grande bispo e escritor Santo Irineu.)

Clima: De perseguição religiosa: papa significava ser candidato ao martírio; seus treze predecessores na Cátedra foram mártires.

Situação da Igreja:Além das perseguições, a Igreja era muito prejudicada pelas lutas internas causadas pelas heresias. No século I a Igreja acreditou e transmitiu a doutrina contida na pregação dos Apóstolos e nos Livros Sagrados. Na segunda metade do século II começaram a surgir as heresias conjuntamente com a tentativa de elaborar a Revelação com dados puramente filosóficos.
Os gnósticos chegavam a negar a divindade de Cristo; Teódoto subordinava Cristo ao Pai fazendo dele simples criatura; Prassea identificava Cristo ao Pai, o qual teria sofrido e morrido; Montano se dizia a revelação do Espírito Santo profetizando e pregando o iminente fim do mundo com muito rigorismo.
Nesta época surgiram homens de vulto como Santo Irineu bispo, Santo Hipólito e Tertuliano, que lutaram contra estas deformações doutrinárias.

O Papa: Amante da paz, o Papa Zeferino, mantinha uma vigilância paternal, reafirmando a doutrina tradicional e alertando os fiéis contra as mentiras e rigorismos. Não era teólogo nem escritor, mas era homem de bom senso, pastor vigilante, muito assistido pelo Espírito Santo e conseguiu evitar todo extremismo. Permaneceu fiel intérprete da tradição apostólica, rejeitando as diversas teorias, também resistindo às pressões do escritor e teólogo Hipólito, que em Roma, com seu rigorismo lhe causou muitos aborrecimentos.

As catacumbas: Valorizou a capacidade administrativa de Calisto, convertido do paganismo, membro do clero romano e que o iria suceder na Cátedra de Pedro.
Encarregou-o de organizar cemitérios cristãos separados dos pagãos, para que os cristãos ficassem livres para prestar culto aos mártires e, também, porque os cristãos acreditavam na ressurreição dos corpos. Como algumas nobres famílias cristãs tinham ao longo da Via Ápia tumbas amplas e profundas, cuidou de ligá-las com galerias subterrâneas, em cujos flancos foram abertos nichos, para túmulos dos cristãos e dos mártires.
Foi a origem das catacumbas, verdadeiras necrópoles, com dezenas e dezenas de quilômetros de túneis, que passou à história com o nome do seu executor: São Calisto.
São Zeferino foi sepultado numa capela nas catacumbas; também ali se conserva a memória do Papa Sisto, do Acólito Tarcísio e da Virgem Cecília.

O Mártir:Após um longo pontificado, de quase 20 anos, também o Papa Zeferino tombou mártir, no ano 217, para a glória de Deus e da Igreja.

São Zeferino, rogai por nós.

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