A SANTA DO SILÊNCIO
FAVORECIDA COM A MANIFESTAÇÃO DA MEDALHA MILAGROSA
Nascida a 02 de Maio de 1806 - falecida a 31 de Dezembro de 1876 - Canonizada a 27 de Julho de1947
Irmã Catarina foi batizada com o nome de Zoe de Labouré; nasceu no dia 2 de maio de 1806,na região de Borgonha, interior da França, em uma família numerosa, de camponeses cristãos. Era um período em que a França achava-se perturbada pelas guerras napoleônicas e agitada pelo liberalismo anticlerical. Sua mãe morreu cedo e ela ficou responsável pela educação dos irmãos menores. Cresceu estudiosa, obediente e muito piedosa, com grande devoção a Nossa Senhora.
Catarina, rica de dons humanos, pessoais, e cristãos, onde floresciam as virtudes de humildade, simplicidade e caridade - valores que São Vicente de Paulo considerava o espírito das verdadeiras raparigas do campo, constitutivo do carisma das Filhas da Caridade, escutou e respondeu consciente e livremente ao chamado de Deus, dando o seu sim incondicional. Entrou na Congregação das Filhas de Caridade, fundada por São Vicente de Paulo, para assistência de pobres, doentes, velhos e crianças.
Ainda noviça, na noite de 27 de novembro de 1830 recebeu a aparição de Maria Santíssima que ela descreve com estas palavras: "A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo, com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até a cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la.
O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus.
Formou-se em torno da Virgem um quadro oval, onde, em letras de ouro, se liam estas palavras: 'Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós'.Ouvi então uma voz que me dizia: 'Manda cunhar uma medalha por este modelo; as pessoas que a trouxerem com fé e devoção receberão grandes graças'.
A outra parte da medalha trazia a letra M encimada por uma cruz, embaixo os corações de Jesus e Maria; o primeiro cercado duma coroa de espinhos, e o segundo transpassado por uma espada".
A revelação recebida a princípio com desconfiança, após feito rigoroso inquérito canônico, foi autorizada a fabricação das medalhas, difundindo-se com rapidez a devoção que afirmava a verdade da Imaculada Conceição de Maria e convidava à confiança na meditação de Nossa Senhora; aconteciam muitos prodígios e conversões. Graças a esta difusão se radicava mais e melhor nos cristãos a crença na Imaculada Conceição da Virgem, preparando-os para a sublime definição do dogma, proclamado solenemente vinte e quatro anos depois, no dia 8 de dezembro de 1854..
Em outras aparições subsequentes, a Santíssima Virgem falou a Catarina Labouré da fundação de uma associação de Filhas de Maria, que foi aprovada pelo Papa Pio IX em 1847 e que se difundiu em todo o
mundo.
Terminado o noviciado, a Irmã Catarina Labouré foi enviada a um asilo em Paris a fim de prestar serviços a velhos e doentes, incumbida dos serviços mais humildes e desprezíveis. Sempre fiel, sorridente e atenciosa, ocupou-se por 45 anos nos serviços da cozinha, lavanderia, limpeza dos doentes e velhos, atendimento na portaria. Em qualquer trabalho irradiava paz, serenidade, confiança e esperança. Modelo acabado da consagração total a Deus na caridade para com o próximo; cultivou alto grau de união com Deus pela oração, pelo espírito de fé e, ao mesmo tempo, por uma filial devoção a
Nossa Senhora.
Foi na realidade a Santa da vida escondida e do silêncio, pois jamais alguém, além do Confessor, teve conhecimento dos seus dons.
Somente depois de morta foi reconhecida como a vidente das revelações da Medalha Milagrosa.
Seu trânsito deste mundo se deu a 31 de dezembro de 1876, com 70 anos. Envolvida em grande paz e serenidade, expirou suave e docemente. Foi beatificada em 1933 pelo Papa Pio XI e canonizada pelo Papa Pio XII, em 1947. Seu corpo está guardado num esquife de cristal na capela onde ocorreram as aparições.
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