Beato Jacopo (Jacopone) da Todi, Franciscano, Autor do Hino "Stabat Mater" (+ 1306), 25 de Dezembro
Jacopone (Jacopo) da Todi é um personagem muito pitoresco, mas quase desconhecido. Sua obra, relativamente importante, lhe assegura a merecida reputação de poeta e autor espiritual. Atribui-se-lhe a composição do "Stabat Mater dolorosa".
Sua vida
Os historiadores que se debruçaram sobre sua história crêem que ele nasceu numa família nobre, em Todi, por volta de 1228 e 1230. Jacopo estudou Direito, provavelmente na Universidade de Bolonha, como um de seus poemas autobiográficos nos dá a entender. Pensa-se que ele exerceu a profissão de advogado, e que ele se casou com uma nobre dama. Infelizmente, esta dama, que era linda e piedosa, morreu prematuramente, o que afetou muito o jovem esposo.
Após ter renunciado à sua profissão, ele se engajou numa vida de penitência e não tardou a entrar para a Ordem Terceira Franciscana, levando uma vida relativamente retirada do mundo, descuidando-se de sua aparência e de suas roupas, vivendo como um vagabundo e entregando-se a toda sorte de excentricidades. Ele queria, assim, participar das humilhações sofridas por Jesus Cristo em Sua Paixão. Tendo sido ridicularizado pelos que o cercavam e mesmo pelas crianças das ruas, ele recebeu este apelido de Jacopone (no lugar de Jacopo), pelo qual ele é mais conhecido.
Após ter renunciado à sua profissão, ele se engajou numa vida de penitência e não tardou a entrar para a Ordem Terceira Franciscana, levando uma vida relativamente retirada do mundo, descuidando-se de sua aparência e de suas roupas, vivendo como um vagabundo e entregando-se a toda sorte de excentricidades. Ele queria, assim, participar das humilhações sofridas por Jesus Cristo em Sua Paixão. Tendo sido ridicularizado pelos que o cercavam e mesmo pelas crianças das ruas, ele recebeu este apelido de Jacopone (no lugar de Jacopo), pelo qual ele é mais conhecido.
Sua obra
Jacopone escreveu sobretudo poemas, em dialeto úmbrio (italiano antigo), bem como alguns tratados de vida espiritual. Sua obra foi impressa, uma primeira vez, em 1490, em Florença, contendo 102 textos. Outras edições vieram depois, enriquecidas com outros poemas, provavelmente apócrifos (não oficiais). A edição de Veneza, em 1514 contém 139 poemas, e a edição de Veneza, de 1617, contém 211 peças. Seria muito útil podermos dispor de uma edição crítica moderna.
São inúmeros os estudos sobre a obra de Jacopone da Todi. Para termos uma noção da mesma, podemos consultar o site (The Franciscan Authors) http://users.bart.nl/~roestb/franciscan/.
São inúmeros os estudos sobre a obra de Jacopone da Todi. Para termos uma noção da mesma, podemos consultar o site (The Franciscan Authors) http://users.bart.nl/~roestb/franciscan/.
Fontes:
http://www.wikitau.org/index.php5/Jacopone_de_Todi
hagiosdatrindade
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STABAT MATER (Frei Jacopone de Todi)
Estava a Mãe dolorosa junto da Cruz, lacrimosa, da qual pendia o
seu Filho.
Banhada em pranto amoroso, neste transe doloroso. a dor lhe
rasgava o peito.
Ó quão triste e quão aflita se encontrava a Mãe bendita, chorando
o seu Unigênito.
Estava triste e sofria; é porque ela mesma via as dores do Filho
amado.
Quem não chora, vendo isto, contemplando a Mãe do Cristo em tão
grande sofrimento?
Quem não se contristaria vendo a Mãe de Deus, Maria, padecendo por
seu Filho?
Por culpa de sua gente viu a Jesus inocente cruelmente flagelado.
Viu seu Filho muito amado, que morria abandonado entregando o Seu
espírito.
Dá-me, ó Mãe, fonte de amor, que eu sinta a força da dor, para que
eu chore contigo.
Faze arder meu coração do Cristo Deus na paixão, para que eu sofra
com Ele.
Minha Mãe, ó dá-me isto: trazer as chagas do Cristo gravadas no
coração.
Do teu Filho as feridas, para meu perdão sofridas, vem reparti-las
comigo.
Quero contigo chorar e a cruz compartilhar, por toda a minha vida.
Junto à Cruz contigo estar, ao teu pranto me associar, desejo de
coração.
Virgem das virgens, preclara não me negues, Mãe tão cara, poder
contigo chorar.
Que eu viva de Cristo a morte, da Paixão seja seu consorte,
celebrando suas chagas.
Que meu coração magoado, pela Cruz apaixonado,seja em Seu Sangue
remido.
Por Maria amparado, que eu não seja condenado no dia de minha
morte.
Ó Cristo, que eu tenha a sorte, no dia de minha morte ser levado
por Maria.
E no dia em que eu morrer, faze com que eu possa ter a glória do
Paraíso.
Amém.
atualizado em 26.12.2012, por claudia,ofs
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