“Por ocasião da minha morte não quero que se altere em nada a vida da comunidade; peço apenas que se façam turnos de adoração ao Santíssimo Sacramento, para que quando o meu corpo for para a terra, a minha alma vá para o céu”, deixou escrito o beato José Allamano.
O fundador do Instituto Missionário da Consolata nasceu a 21 de Janeiro de 1851, e foi ordenado sacerdote em 1873. Sete anos mais tarde, José Allamano foi nomeado reitor do santuário de Nossa Senhora da Consolata, em Turim, Itália, lugar que ocupou até ao dia da sua morte, a 16 de Fevereiro de 1926. É daí que lhe vem o nome de Missionários da Consolata: um Instituto de raiz profundamente mariana. Foi beatificado no dia 7 de Outubro de 1990 , em Roma, pelo Papa João Paulo II.
De nacionalidade italiana, nasceu em Castelnuovo, a 21 de Janeiro de 1851.
Desde jovem seminarista, distinguiu-se por ter uma visão ampla dos problemas do mundo e da Evangelização. Ordenado sacerdote, inteirou-se ainda mais dos desafios da sociedade e da Igreja do seu tempo e imediatamente pôs mãos à obra com coragem e até ousadia para aquela época.
Em 1887, em Roma, encontrou-se com o velho missionário, o cardeal Massaia, expulso definitivamente da Etiópia (África). Já naquela ocasião o Pe. Allamano manifestava seu ardente desejo de ser missionário. Infelizmente, sua saúde era muito frágil e isto não lhe permitiu chegar, em termos geográficos, onde seus anseios e ideais o teriam levado.
No segredo do seu coração e para alguns mais íntimos, o Pe. Allamano tinha um grande sonho: dar início a um Instituto que agregasse padres e irmãos, dispostos a darem a vida pela Evangelização, da África antes, e depois também
dos outros continentes.
Superadas uma a uma as muitas dificuldades a respeito desse projeto, especialmente a mentalidade da época, chegou a hora da concretização do grande sonho. Dia 29 de Janeiro de 1901, era oficializado, o Instituto Missionário da Consolata, para padres e irmãos. Apenas dois anos mais tarde, ele já estava enviando os primeiros quatro missionários (2 padres e 2 irmãos) para as missões do Quénia, país do Sudeste da África.
O trabalho de Evangelização se expandia e as forças não eram suficientes. Bem cedo os missionários sentiram a necessidade da presença missionária feminina e pediram ao Fundador que enviasse religiosas para um trabalho complementar. Não era tão simples atender a este pedido, tendo em vista também, que as congregações femininas de então, não haviam despertado ainda para o carisma missionário além-fronteiras.
Diante do impasse, o Pe. Allamano, indo para Roma, expôs a dificuldade ao Papa São Pio X.
Este logo lhe perguntou:
"Por que não funda você mesmo um instituto missionário feminino?"
"Eu não tenho vocação para isto, Santidade".
"Não a tem? Pois bem, eu lha dou. Vá e comece a pensar nisto".
Para o Pe. Allamano aquela ordem manifestava a Vontade de Deus e imediatamente começou a tomar as devidas providências. O novo projeto custou-lhe vários anos de trabalho árduo, muita reflexão, dificuldades e sacrifícios. Mas, os santos são assim. Diante do que sentem ser Vontade de Deus, nada os detém.
A 16 de Fevereiro de 1926, o Pe. Allamano foi chamado à Casa do Pai; mas sua obra, que tinha sólidos alicerces, foi continuando. Muitos outros caminhos foram se abrindo e o Instituto foi alargando suas fronteiras.
O Padre José Allamano foi beatificado no dia 7 de Outubro de 1990 em Roma, pelo Papa João Paulo II.
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