SÃO JOÃO DE BRITO , PRESBÍTERO, MÁRTIR - 4 DE FEVEREIRO

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Seu pai, Salvador Pereira de Brito, foi governador-geral do Brasil, nomeado pelo rei D. João IV. São João de Brito ingressou na Companhia de Jesus e foi enviado como missionário às Índias, onde, após muitos anos de trabalhos apostólicos, sofreu o martírio.

João nasceu em Lisboa em 1º de março de 1647, filho de um membro da corte portuguesa que, mais tarde, seria governador do Rio de Janeiro, Salvador Pereira de Brito  e da nobre Brites de Portalegre. Quando o pai viajou para o Brasil, onde faleceu,  mãe e filhos ficaram na corte.  João desde a infância dava testemunho da busca de viver em Deus, alimentando o desejo de se tornar evangelizador. Seu primeiro biógrafo, seu irmão Fernando nos fornece notícias de sua infância: apesar de ter saúde precária e constituição física muito frágil, era inteligente e aplicado; na juventude sofria frequentes hemoptises. Com 15 anos entrou para a Companhia de Jesus, fez os estudos superiores na famosa Universidade de Coimbra, mas desejava completar os estudos teológicos na Índia. Aos vinte e seis anos, em 1673, foi ordenado sacerdote e apesar da fragilidade física, foi enviado para evangelizar na Índia. 

Viveu em Goa, depois no sul da Índia, onde se aprofundou nos estudos  levando uma vida de grande austeridade e,  toda aquela região conheceu o ardor deste apóstolo.
João comunicava o Evangelho com a vida, e buscava viver a inculturação para levar o amor de Deus a muitos,  num diálogo constante com as culturas. Mesmo encontrando oposição por parte dos poderosos, converteu comunidades inteiras de hindus. Foram 15 anos de um apostolado difícil e cansativo, chegando a voltar para Portugal. Recebeu o convite para ser conselheiro do rei Pedro I I e preceptor de seu filho, mas recusou a oferta voltando para a Índia.

 Ao chegar a Malabar, de volta, deparou-se com um levante dos brâmanes, sacerdotes hindus, contra cidadãos cristãos: cristãos haviam sido mortos, suas casas e igrejas 
saqueadas e queimadas.  

Logo depois João de Brito foi também preso, e levado para uma colina sobre o rio Pamparru, ameaçado de morte. Pediu permissão para rezar e depois levantou-se sorridente, entregando-se aos carrascos. Era o dia 04 de fevereiro de 1693. Depois de lhe atarem as mãos e a longa barba, na presença de muito povo, deram-lhe o golpe fatal na cabeça que rolou até o rio, sendo arrastada pela corrente. No mesmo local mutilaram mãos e pés e amarraram o corpo a um poste para ser comido pelas aves.

São João de Brito foi logo venerado pelos cristãos como mártir e santo; foi beatificado em 1852 e o Papa Pio XII proclamou-o santo, em 1947, marcando sua festa litúrgica para o dia de seu martírio.

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