SÃO MIGUEL FEBRES CORDERO MUÑOZ, RELIGIOSO, EDUCADOR - 9 DE FEVEREIRO

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011


"Quem ensina aos outros o caminho da justiça, brilhará como estrela de primeira grandeza no firmamento da eternidade" (Dn 12,3)

Estrofes como esta, versos simples e delicados, enriquecem o seu catecismo, mostram a profunda devoção à Virgem Maria, adquirida na infância.
"Se eu, sendo filho, ingrato te olvidasse,
Se eu te contristasse, pecando contra ti,
Ó Mãe, não me abandones, é loucura,
E então com ternura recorda-te de  mim!"
 

Irmão Miguel Febres Cordero Munhoz nascido em Cuenca, Equador, em 7 de novembro de 1854, foi batizado com o nome de Francisco. Era filho de um professor universitário e seu avô foi um general do exército, venerado como herói nacional. Aos cinco anos de idade, Nossa Senhora lhe apareceu durante um sonho e desde então decidiu que seria um sacerdote. Três anos depois, sentiu novamente a presença da Virgem Maria quando foi protegido milagrosamente de ser morto por um touro selvagem.



Aos nove anos ingressou no colégio da congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs de la Sale, Lassalista, que chegara recentemente ao Equador. Quatro anos mais tarde, se juntou aos irmãos iniciando seu noviciado, com a benção dos seus pais, que de imediato fizeram oposição, tomando o nome de Miguel. Tornou-se um sacerdote educador famoso, dotado de notável inteligência. A missão a que ele se consagrou com mais predileção foi a catequese das crianças, especialmente a preparação para a Primeira Eucaristia, adquirindo desse contato com os pequeninos uma simplicidade que tornava seus modos e palavras espelho da infância espiritual de Sta Teresinha do Menino Jesus. Aos dezessete anos publicou seu primeiro livro pedagógico, que acabou sendo adotado pelo governo. Esta função considerada a mais nobre e rendosa missão para a Igreja e para a pátria, ele exerceu durante trinta e dois anos, na cidade de Quito.

Padre Miguel se firmou no meio intelectual como filósofo, pedagogo, teólogo e escritor de vários livros de gramática, manuais de geografia, história, religião e literatura. Foi eleito em 1892, membro da Academia Equatoriana de Letras, em seguida foi agraciado também pelas Academias da Espanha, França e Venezuela, chegando a trabalhar em Paris, Bélgica e Espanha.

Entre 1901 e 1904 foi diretor dos noviços de sua congregação, quando foi transferido para a Europa, onde trabalhou como tradutor para os Lassaristas em Paris e Bélgica. A partir de 1908, já com a saúde fragilizada por uma persistente pneumonia, foi enviado para uma escola perto de Barcelona, na Espanha. Continuou trabalhando, mas lentamente e cada vez mais debilitado acabou falecendo no dia 9 de fevereiro de 1910, na cidade Superior Del Estragar onde foi sepultado. Suas últimas palavras foram:"Jesus, José, Maria, dou-vos o meu coração e a minha alma".

A fama de eminente santidade o acompanhou durante toda a vida e perdurou depois da sua morte. Vinte anos depois, durante a Revolução Espanhola, seus restos mortais foram transladados para o Equador, onde seu corpo incorrupto foi recebido com honras de herói nacional . Amado pelo povo, como tal, mas principalmente como modelo de religioso a ser seguido, foi enterrado em Quito, cidade em que passou maior parte de sua vida.

O seu culto se espalhou rapidamente e seu túmulo se tornou meta de peregrinação. Ele foi beatificado em 1977 e, mais tarde, canonizado pelo papa João Paulo II em 1984. O padre Miguel Febres Cordero Munhoz se tornou o primeiro Santo equatoriano.

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