SANTA ROSA DE VITERBO, VIRGEM, TERCEIRA FRANCISCANA - 6 DE MARÇO

domingo, 6 de março de 2011

 Não cabe a nós, criaturas, ditar ao Criador o que deve acontecer em nossa vida; Deus é quem sabe e tudo dispõe com sabedoria própria.(Dom Servilio Conti)
Santa Rosa de Viterbo  desde a mais tenra idade, até a sua morte, em plena juventude, com simplicidade, soube depositar total confiança na vontade de Deus, Com coragem incomum, ainda menina, lutava contra os cátaros, e o Imperador, pregando uma mensagem de conversão, de mudança de vida, de fidelidade ao Evangelho, à Igreja, ao Santo Padre, mensagem de amor e de paz.
Sua mensagem continua atual e urgente, clamando aos nossos ouvidos à espera de uma resposta, particularmente  de nós, franciscanos seculares, que seguimos o mesmo ideal de São Francisco de Assis.

Rosa nasceu na cidade de Viterbo em 1235 (alguns biógrafos situam 1233 ou 1234, dia incerto) de pais piedosos e pobres.  Como sua mãe, Catarina, trabalhava com as Irmãs Clarissas do mosteiro da cidade, Rosa recebeu a influência da espirSecularalidade franciscana, ainda muito pequena, e era notável pela sua santidade e seus poderes milagrosos .Quando estava com três anos, Deus usou-a para reviver uma sua tia materna que parecia ter morrido. Na idade de 7 anos ela já vivia uma vida austera, buscando lugares sossegados para rezar e fazendo penitências; quando adoeceu de uma grave enfermidade, foi curada milagrosamente pela Virgem Maria que inspirou-a a  consagrar-se totalmente a Deus, conforme o espírito de
 São Francisco de Assis.

Entrou para a Ordem da Penitência de São Francisco ( hoje, Ordem Franciscna Secular) Tornou-se Terceira Franciscana em 1250, aguardando poder ingressar na Ordem de Santa Clara. A menina aos doze anos, passou a pregar  penitência e fidelidade ao Papa, contra o Imperador, pelas ruas de Viterbo, vestida com seu hábito franciscano, numa época (1247) em que o Rei Frederico II da Alemanha era famoso pela sua heresia e maldade. 

Viterbo, uma das mais antigas cidades da Idade Média, teve parte importante na história da Igreja, mesmo por sua proximidade com Roma. Foi sede provisória de vários papas, quando por motivos políticos tinham que se afastar de Roma. No século em que viveu Rosa, cinco conclaves para elegerem novo papa, se realizaram em Viterbo. Neste tempo, ocorreu uma infiltração de hereges, chamados cátaros, que rejeitavam toda autoridade religiosa. Tinham a proteção de Frederico II, imperador da Alemanha, despótico e prepotente, que foi excomungado pelo Papa Gregório IX, e com muitos adeptos em Viterbo,a cidade vivia um clima de agitação. 

Rosa exerceu sua missão de pregar ao povo, convidando-o à oração e à penitência, com voz débil, mas incisiva, com a força e coragem que vem só de Deus, durante cerca de dois anos e foi tão grande seu sucesso que o prefeito da cidade decidiu exila-la. O poder imperial estaria seriamente ameaçado. Assim Rosa e seus pais foram expulsos de Viterbo em Janeiro de 1250 e se refugiaram em Soriano, onde sua fama já havia chegado e, onde continuou com seu trabalho missionário. Em 5 de dezembro de 1250 Rosa previu a morte súbita do Imperador, profecia realizada em 13 de dezembro. 

Restaurados os poderes do Papa em 1251, Rosa voltou a Viterbo. Ela desejava entrar para o Mosteiro de Santa Maria das Rosas (Clarissas Pobres), e aos dezesseis anos pediu sua admissão, mas foi recusada.


Faleceu em 6 de março de 1252, sem agonia, de causas naturais, provavelmente com dezoito anos incompletos.

No mesmo ano, em 25 de novembro, o Papa Inocêncio IV, por sua Bula "Sic In Sanctis",mandou instaurar o processo para a canonização de Rosa. Cinco anos depois, o Papa Alexandre IV, no dia 4 de setembro de 1257,mandou exumar o corpo de Rosa, que foi encontrado intacto, quase como se ela estivesse viva, sendo transladado para o mosteiro das Irmãs Clarissas, chamado depois disso, mosteiro de Santa Rosa de Viterbo.


Depois dessa cerimônia a Santa foi "canonizada" pelo povo. Os papas Eugênio IV e, principalmente, Calisto III, mandaram continuar os trabalhos do Processo de Canonização. Em 1457 o processo ficou pronto, mas Calisto III morreu, sem chegar a promulgar o decreto de canonização. Curiosamente a canonização de Rosa ficou nisso, nunca foi oficializada, mas também nunca foi negada pelo papa e pela Igreja.

 Em setembro de 1929, o Papa Pio XI, declarou Santa Rosa de Viterbo a padroeira da Juventude Feminina da Ação Católica Italiana. No Brasil ela é Padroeira da Juventude Franciscana, a Jufra do Brasil, desde o seu começo. No dia da festa de Santa Rosa, a Jufra do Brasil comemora o DNJUFRA (Dia Nacional da Jufra). A festa litúrgica de Santa Rosa de Viterbo é 06 de março, o dia de sua morte, mas também pode ser comemorada no dia 4 de setembro, dia do seu translado para o mosteiro de Clarissas de Santa Rosa de Viterbo.

Padroeira das pessoas exiladas, pessoas rejeitadas pelas ordens religiosas, e da cidade de Viterbo, Itália.

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