Os relatos da tradição trazem poucos dados sobre a vida de Gregório de Nissa, antes de se tornar sacerdote. Mas, existe a literatura teológica que nos dá luz sobre seus pensamentos e seu modo de agir em relação ao cristianismo, que ele mesmo escreveu e nos deixou.
Irmão menor de São Basílio o Grande e amigo de São Gregório Nazianzeno.
Foi o bispo de Nissa, Armênia, em 372 e arcebispo de Sebaste.
Lutou contra a heresia ariana.
São Gregório nasceu na Cesarea da Capadócia, Turquia entre os anos 330 a 335. Seus pais Basílio, apelidado de "o velho", e Amélia, tiveram dez filhos dos quais: Gregório, Pedro, Basílio e Macrina, se tornaram santos. Seu avô morreu mártir e a avó, da qual a irmã herdou o nome, é também venerada pela Igreja.
Gregório estudou em Atenas, e se interessou especialmente pelos principais autores clássicos da razão, como Platão e Aristóteles, mas também os da fé, como Orígenes e Metódio de Olimpo. Mais tarde se casou com Theosebeia e foi lecionar retórica. Ficando viúvo e desiludido com a vida de professor, sob a orientação de Gregório Nazianzeno com quem convivera, decidiu seguir a vida religiosa a exemplo de seus irmãos, optando pela vida monástica, que também já seguiam sua mãe e irmã; se isolou num mosteiro do qual saiu somente quando, em 371, foi nomeado bispo de Nissa, na Capadócia.
Amante da solidão e do estudo, foi a contragosto que assumiu a diocese de Nissa. Sua bondade e falta de senso prático eram tão notórias, que muitos a consideravam ingenuidade. Tanto que, nesse cargo, Gregório viu-se acusado de desperdiçar bens da Igreja, sendo, de repente, deposto e mandado ao exílio, no ano 376, período em que faleceu seu irmão Basílio.
Dois anos depois, provou que tudo não passou de uma trama dos hereges arianos, porque as acusações não foram fundamentadas e sua inocência foi reconhecida. Aclamado pelos fiéis e pelo povo, reassumiu a diocese.
Depois desse episódio o conceito de Gregório de Nissa subiu muito no mundo cristão e ele resolveu inúmeras divergências entre as igrejas orientais, sendo o mediador de questões doutrinárias ou mesmo administrativas. Cumpriu também missões determinadas pelo próprio imperador. Ele teve participações decisivas nos concílios: de Antioquia e o de Constantinopla, em 394, onde se definiu a "coluna da ortodoxia". Restabeleceu a paz entre as Igrejas da Arábia e da Palestina.
Tornou-se um teólogo conhecido e respeitado através de seus famosos trabalhos dogmáticos, dos quais "Grande Catequese" é considerado o principal. Escreveu sobre contemplação e misticismo, exposições sobre as Sagradas Escrituras e Teologia da Trindade. Dentre suas obras importantes, encontramos também o "Livro sobre a Virgindade", referente a Maria, Mãe de Deus. Encontramos ainda muitos títulos, como: Explicação dos títulos dos salmos, sobre crianças, o destino, Deus pode ser encontrado no coração do homem, o cristão é outro Cristo, Temos a Cristo que é nossa paz e nossa luz, a perfeição e que tipo de homem o cristão deve ser, a criação do homem, e outros. Todas escritas durante o tempo vivido na solidão das margens do rio Íris, onde se isolara com seu irmão Basílio, que depois se tornou bispo da Cesarea.
Há muitos pontos em comum entre Gregório de Nissa e Tomás d'Aquino se compararmos, no trabalho de ambos, o cuidado em dar aos problemas enfrentados, cada um à sua época, uma resposta em sintonia com os dados da fé e as exigências da razão.
Gregório de Nissa é considerado um dos padres orientais mais expressivos do século IV.
Também considerado entre os pais da Igreja.
Com seu irmão Basílio e Gregório Nazianzeno são chamados "os Capadócios", devido à região onde nasceram.
Morreu entre os anos 395 a 400 e sua festa se comemora no dia 09 de março.
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