Nasceu em 1197. Seus pais eram camponeses pobres e morreram muito cedo. Órfão, teve que lutar com grandes dificuldades para concluir, com grande brilho, os estudos superiores aperfeiçoados nas Universidades de Oxford, Paris e Bolonha. Foi professor e pouco depois reitor da Universidade de Oxford.
Ricardo começou a ver a ignorância e superstição do povo, a ambição dos nobres, o luxo do clero, regalismo do trono e a decadência da vida monástica, e dando grande exemplo de pobreza, austeridade e energia, dedicou-se à renovação da Igreja na Inglaterra. Como professor e reitor da Universidade de Oxford favoreceu a aceitação na Universidade, dos Frades Franciscanos e Dominicanos, que traziam espiritualidade nova, disciplina mais severa, cultura mais ortodoxa.
Teve que lutar contra a prepotência do rei Henrique III e, quando seu bispo de Cantuária, Eduardo Rich persegido pelo despótico rei teve de exilar-se na França, acompanhou-o até a morte. Nesta época, aos 46 anos, por insistência do bispo, aceitou ser ordenado sacerdote. Um ano depois foi sagrado bispo de Chichester. Como o rei não aprovou sua nomeação, chegando a apossar-se dos bens da diocese e proibindo o povo de aceitar Ricardo como bispo, este teve de recorrer ao Papa Inocêncio IV que passava pela França, e ele próprio o sagrou bispo. Mas Ricardo teve que entrar na diocese disfarçado de mendigo e durante dois anos exerceu as funções episcopais na clandestinidade, até que o rei ameaçado de excomunhão pelo papa, afinal, o aceitou, dando-lhe relativa liberdade de ação.
Ficou célebre por sua piedade e pelo zelo com que administrou a diocese. Levava vida pobre e austera, era muito bondoso com as pessoas e pródigo com os pobres. Sua atuação foi decisiva para a reforma dos costumes e da disciplina eclesiástica. Quando faleceu, no dia 3 de abril de 1253, aos 56 anos, estava empenhado na pregação de uma Cruzada.
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