Papa desafia catequistas a anunciar nas periferias

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Cidade do Vaticano, 28 set (SIR) – O Papa Francisco encontrou-se no final da tarde de ontem, sexta-feira, com os participantes no Congresso Internacional de Catequese desafiando-os a percorrer “novas estradas” para anunciar o Evangelho nas periferias, às crianças que não sabem fazer “sinal da cruz”. Na Sala Paulo VI, no Vaticano, o Papa pediu aos catequistas para não terem medo de correr riscos, afirmando que é preferível ter um acidente do que ficar doente. “Quando nós cristãos nos fechamos no nosso mundo, no nosso movimento, na nossa paróquia, no nosso ambiente, permanecemos fechados e sucede o que acontece a tudo o que está fechado: quando um quarto fica fechado cheira a mofo. E se uma pessoa se fecha naquele quarto, adoece", destacou. Para o Papa, quando “um cristão se fecha no seu grupo, na sua paróquia, no seu movimento, adoece”, sendo por isso necessário “ter coragem de sair”, percorrendo estradas desconhecidas, nas "periferias", mesmo correndo o risco de “ter um acidente”. 
"Prefiro mil vezes uma Igreja acidentada a uma Igreja adoentada! Uma Igreja, um catequista que tenha coragem de correr o risco para sair a um catequista que estudo, que saiba tudo, mas permanece fechado: isto é doentio. E por vezes é doente da cabeça”, afirmou o Papa. “Se sairmos para levar o Seu Evangelho com amor, com verdadeiro espírito apostólico, Ele caminha conosco, precede-nos, permeia-nos”, recordou Francisco. Como na diocese de Buenos Aires, o Papa disse que há muitas crianças que "não sabem fazer o sinal da Cruz" e que constituem as periferias onde "é preciso ir". Na mensagem que dirigiu aos catequistas, Francisco afirmou a necessidade de “ser fiel e criativo”, adequando "sem medo" o anúncio aos diferentes contextos.

 "Para ser fiel, para ser criativo, é preciso saber mudar. Saber mudar. E porque é necessário mudar? Para me adequar às circunstâncias onde devo anunciar o Evangelho. Para permanecer em Deus é preciso sair, não ter medo de sair. E se um catequista se deixa tomar pelo medo, é um covarde; se um catequista permanece quieto, acaba por se transformar numa estátua de museu: e nós temos tantos!", afirmou o Papa. O Congresso Internacional de Catequese termina amanhã, em Roma, e é promovido pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, no âmbito das iniciativas que marcam o Ano da Fé.
SIR

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