Não se serve ao Evangelho por vantagem pessoal, diz Francisco

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Cidade do Vaticano - Na Igreja, todos devem aprender que o serviço ao Evangelho deve ser "despojado" de toda glória ou vantagens pessoais. Um dos pilares do Magistério do papa Francisco destaca-se também em sua Mensagem enviada à Ordem da Santíssima Trindade e da Redenção dos Cativos (Trinitários), que festeja os 800 anos da morte do fundador, São João da Mata, e os 400 anos do reformador, São João Batista da Conceição. 
Ambos, protagonistas de uma vida religiosa "respeitável, embora talvez um pouco tranquila e segura", receberam de Deus, escreve o papa, um chamado que provocou uma reviravolta em suas existências, impelindo-os a "se dedicarem aos mais necessitados".

Para o papa Francisco, esse é o exemplo a ser imitado: os dois Santos, observa, "souberam aceitar o desafio" e, portanto, "se hoje celebramos o nascimento do fundador e do reformador de vocês, o fazemos justamente porque foram capazes de renegar a si mesmos, de carregar com simplicidade e docilidade a cruz de Cristo e de se colocarem, sem condições, nas mãos de Deus, para que Ele construísse a sua obra".

E como eles, prossegue o Santo Padre, "todos somos chamados a experimentar a alegria que brota do encontro com Jesus, para superar o nosso egoísmo, sair da nossa comodidade e ir com coragem a todas as regiões que precisam da luz do Evangelho".

O Papa recorda que, ao longo dos séculos, a Ordem da Santíssima Trindade foi a "casa do pobre", um lugar onde curar as feridas do corpo e da alma, em primeiro lugar com a oração e "com o empenho incondicionado e o serviço desinteressado e amoroso".

Efetivamente, afirma Francisco, "os Trinitários têm claro – e todos devemos aprender isso – que na Igreja toda responsabilidade ou autoridade deve ser vivida como serviço. Daí, a nossa ação deve ser despojada de todo e qualquer desejo de ganho pessoal ou de promoção e deve sempre buscar partilhar todos os talentos recebidos por Deus, para orientá-los, como bons administradores, para a finalidade para a qual foram concedidos, a ajuda aos pobres. Pobres, insiste, que existem também hoje e são muitos. E os vemos todos os dias e não podemos passar ao largo, contentando-nos de uma boa palavra. Cristo não fez assim".
A Mensagem se conclui com um pedido, a "rezar pelo Papa". "Apraz-me pensar que vocês, na oração, colocam o Bispo de Roma junto aos pobres, porque – conclui o Papa Francisco – isso me recorda que não posso esquecer-me deles, como não os esqueceu Jesus, que os conservava no fundo de seu Coração, enviado para anunciar-lhes uma boa notícia e que, por meio de sua pobreza, enriqueceu todos nós".
SIR

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