Bispo: “O batismo de Jesus representa a confirmação do testemunho sobre a sua santidade e marca o início de sua vida pública”

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Dom Remídio José Bohn, bispo da diocese de Cachoeira do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul, escreveu um artigo, com o título "Filho Amado", em que ele afirma que o tempo litúrgico do Natal se encerra com a festa do batismo de Jesus celebrado neste domingo.
Para o prelado, o batismo de João Batista (Mt 3,13-17) prefigura o batismo cristão: convocava para a conversão. No entanto, o bispo questiona: por que motivo Jesus, em quem não havia sombra de pecado, quis ser batizado por João? Segundo dom Remídio, ao pedir o batismo, o filho de Deus quis realizar integralmente à vontade do Pai: solidarizar-se com a humanidade pecadora para resgatá-la do pecado e elevá-la à condição de filho de Deus. "Com esse rito penitencial de purificação, aceitou tomar sobre si os nossos pecados e nos precedeu no caminho da purificação e da renovação. Ele se apresenta como modelo para todos os que receberem a sua Palavra e se tornarem filhos de Deus pelo batismo", sublinha. "Depois de ser batizado, Jesus saiu logo da água, e o céu se abriu. Ele viu o Espírito de Deus descer, como uma pomba, e vir sobre ele. E do céu veio uma voz que dizia: Este é meu Filho muito amado em quem ponho minha afeição" (Mt 3,16-17).
Conforme o prelado, esse fato foi tão significativo que foi registrado pelos quatro evangelistas: Mateus e João foram testemunhas oculares, Marcos talvez tenha sido e Lucas relatou aquilo que ouviu de testemunhas oculares. Dom Remídio ressalta que o acontecimento representa a confirmação do testemunho sobre a santidade de Jesus e marca o início de sua vida pública. Ainda de acordo com o bispo, esta missão cabe hoje a todo batizado, como nos ensina o papa emérito Bento XVI: "Na base do nosso caminho de fé está o Batismo, o sacramento que nos confere o Espírito Santo, tornando-nos filhos de Deus em Cristo, e marca a entrada na comunidade de fé, na Igreja: não cremos por nós mesmos, sem a prevenção da graça do espírito; e não cremos sozinhos, mas juntamente com os irmãos. Do Batismo em diante, cada crente é chamado a reviver e fazer sua profissão de fé, com os irmãos".
Por fim, o prelado explica que a vivência do batismo cristão consiste em seguir a vontade de Deus e se efetiva basicamente na atitude fraterna de aceitar a todos como filhos do mesmo Pai. Para ele, na vivência do batismo se realiza a vocação humana do amor a Deus e ao próximo. O bispo recorda que Pedro se deu conta de que Deus não faz distinção de pessoas. "Estou compreendendo - afirma o apóstolo Pedro - que Deus não faz discriminação entre as pessoas, ele aceita quem o teme e pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que pertença" (At 10,35). "Aliás, a celebração da Epifania, celebrada no domingo passado, muito bem expressa este significado: em Jesus Deus se manifesta a todos os povos. São os Magos (pagãos) que vêm adorá-lo. Alegremo-nos em redescobrir a beleza de ter renascido do alto, do amor de Deus, e de ser chamado de ‘meu querido filho´, por Deus, para testemunhar tão grande presente", conclui.
SIR

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