Papa convida humanidade a seguir a 'luz' de Deus

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Cidade do Vaticano – O papa Francisco convidou nessa segunda-feira (6) a humanidade a seguir a “Luz” de Deus e apresentou os Magos do Oriente como um exemplo de sabedoria. “Na festa da Epifania, em que recordamos a manifestação de Jesus à humanidade no rosto de um menino, sentimos ao nosso lado os Magos como sábios companheiros de estrada. O seu exemplo ajuda-nos a levantar os olhos para a estrela e seguir os anseios grandes do nosso coração”, disse, na homilia da missa que presidiu na Basílica de São Pedro, assinalando esta solenidade litúrgica, conhecido popularmente como dia de reis. 
Segundo o papa, os Magos que de acordo com os relatos evangélicos foram a Belém adorar Jesus, guiados por uma estrela, ensinam a todos a não deixarem “enganar pelas aparências, por aquilo que, aos olhos do mundo, é grande, sábio, poderoso”. “Ensinam-nos a não nos contentarmos com uma vida medíocre, sem grandes voos, mas a deixarmo-nos sempre fascinar pelo que é bom, verdadeiro, belo, por Deus, que é tudo isso elevado ao máximo”, acrescentou.

Francisco frisou que ninguém deve "contentar-se com a aparência, com a fachada". "É preciso ir mais além, rumo a Belém, onde, na simplicidade duma casa de periferia, entre uma mãe e um pai cheios de amor e de fé, brilha o Sol nascido do alto, o Rei do universo. Seguindo o exemplo dos Magos, com as nossas pequenas luzes, procuramos a Luz”, declarou.

O papa destacou a "experiência" dos Magos “à procura da grande Luz de Cristo” e disse que nela está simbolizado o destino de cada homem. “A nossa vida é um caminhar, guiado pelas luzes que iluminam a estrada, para encontrar a plenitude da verdade e do amor, que nós, cristãos, reconhecemos em Jesus, Luz do mundo”.

A homilia recordou que a estrela deixou de brilhar no palácio do rei Herodes, onde reinava “a escuridão, a desconfiança, o medo, a inveja”. “Na realidade, Jesus não veio para derrubar um miserável fantoche como ele (Herodes), mas o Príncipe deste mundo (expressão usada pelo Papa para se referir ao demônio)”, precisou.

Francisco destacou que “todo um mundo construído sobre o domínio, o sucesso e a riqueza é posto em crise por um menino”. “Os Magos souberam superar aquele perigoso momento de escuridão junto de Herodes, porque acreditaram nas Escrituras, na palavra dos profetas que indicava Belém como o local do nascimento do Messias”, prosseguiu.
Nesse contexto, o Papa falou numa “santa astúcia” que permite reconhecer os perigos e evitá-los. “Estes sábios vindos do Oriente ensinam-nos o modo de não cair nas ciladas das trevas e defender-nos da obscuridade que teima em envolver a nossa vida. É preciso acolher no nosso coração a luz de Deus e, ao mesmo tempo, cultivar aquela astúcia espiritual que sabe combinar simplicidade e argúcia”, acentuou.

Após a leitura do Evangelho, teve lugar o solene "Anúncio da Páscoa" (20 de abril, em 2014), com as principais datas móveis do ano litúrgico, da Quarta-feira de Cinzas ao primeiro domingo do Advento. A Epifania, palavra de origem grega que significa "brilho" ou "manifestação", é uma das festas litúrgicas mais antigas (séc. IV), e é celebrada tanto no Oriente como no Ocidente.
SIR

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