Vivemos num pluralismo religioso que confunde a muitos, até dentro de um relativismo na prática da fé. Não poucos “botequins” religiosos acontecem e também comunidades de fé robusta. Muitos se deixam levar por estímulos sentimentais que tocam o coração pela emoção, provocadora do sentimento religioso. Se a pessoa não tiver uma razão forte de sua fé pode se desiludir de determinados líderes religiosos. À vezes, estes até abusam da simplicidade e boa fé de pessoas humildes ou mesmo desejosas de resolverem seus problemas pessoais e relacionais.
A fé não é simplesmente a busca de solução de problemas, mas a confiança no Deus que é a finalidade da vida, para a pessoa realizar um projeto de vida de acordo com os ditames dele, custe o que for. A solução de problemas pode ser bom, mas não é tudo. O próprio Jesus fala que não adianta a pessoa ganhar o mundo todo se vier a perder a vida plena. A pessoa pode até ter saúde ótima, muito dinheiro e bem estar presente, mas, se não realizar o projeto de Deus na vida, pode perder a vida eterna feliz com Ele.
A fé não é simplesmente a busca de solução de problemas, mas a confiança no Deus que é a finalidade da vida, para a pessoa realizar um projeto de vida de acordo com os ditames dele, custe o que for. A solução de problemas pode ser bom, mas não é tudo. O próprio Jesus fala que não adianta a pessoa ganhar o mundo todo se vier a perder a vida plena. A pessoa pode até ter saúde ótima, muito dinheiro e bem estar presente, mas, se não realizar o projeto de Deus na vida, pode perder a vida eterna feliz com Ele.
A vida presente é muito importante. A saúde deve ser cuidada, o bem estar deve ser buscado, o que material deve ser o necessário para uma vida digna. Mas tudo tem de ser usado com os critérios relativos ao seu objetivo de instrumento de vida e não finalidade, perpassando-se tudo pela ética, pela lei da justiça, da caridade, da solidariedade e do projeto do Criador.
No referente à fortificação da fé, que é um dom de Deus, Jesus deixou sua Igreja, sob a orientação dos apóstolos, com o ensinamento de que eles devem ser ouvidos, tendo a chefia de Pedro (Cf. Mateus 16,18-19) . Até o poder de perdoar pecados Jesus lhes deu (Cf. João 20,23). O não querer aceitar determinados ensinamentos apostólicos limitam a compreensão, a aceitação e a prática da fé. Estamos numa sociedade em que se quer passar por cima de verdades objetivas, preferindo-se o desejo próprio como verdade. O relativismo corrói a base da fé. A Igreja apostólica ensina o original da fé em Cristo com a certeza de seu ensinamento, guiado pelo Espírito Santo. Desta forma, a subjetivização da fé, julgando-se que cada um tem a inspiração divina, é querer cada um ser o técnico e o árbitro do próprio time ao mesmo tempo, sem nenhuma representatividade da instituição divina. É evidente que muitos têm reta intenção em manifestar e praticar a fé conforme recebe orientação de seus líderes. Certamente serão vistos por Deus com sua boa vontade em seguir o que lhes parecer, em consciência, ser o mais válido. Isso, porém, não deixa de levar os que têm condição de avaliar sua fé em relação às verdades apresentadas historicamente pelos apóstolos para uma melhora da qualidade de aceitação da verdade e seguimento da mesma.
Os antigos escritores sagrados da Igreja apresentam uma fonte muito abrangente dos ensinamentos apostólicos. Lendo-os, muitos poderiam fundamentar melhor sua fé e notar a preciosidade da vivência da mesma conforme sua origem em Jesus e a prática da comunidade inicial. Na Igreja temos a Tradição Apostólica,com as verdades ensinadas pelos Apóstolos e assumidas pelas primeiras comunidades cristãs.
CNBB, 24-04-2014.
*Dom Jose Alberto Moura é arcebispo de Montes Claros (MG).
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