​´A meta é viver como Cristo´, afirma bispo

sábado, 20 de setembro de 2014

Blumenau - Dom José Gislon, Bispo da Diocese catarinense de Blumenau, escreveu um artigo sobre a Palavra de Deus, neste mês que é dedicado a ela. O prelado afirma que, neste ano, em particular, o texto que foi sugerido para o nosso aprofundamento é a Carta de Paulo aos filipenses. De acordo com o Bispo, ao olharmos para a experiência da comunidade dos filipenses, podemos dizer que não existiram comunidades ideais nem ontem, nem hoje. Ele explica que há, sim, um ponto em comum, um ponto de partida - a nossa fragilidade -, mas existe também uma meta, clara, a que nós todos podemos chegar, em virtude do nosso batismo: "Viver como Cristo".
Dom Gislon destaca que a meta, portanto, é Cristo: realizar essa meta significa lutar para que tenhamos os mesmos sentimentos de Cristo Jesus e esse é um empenho árduo a que devemos nos dedicar; não é simples, mas é possível. Ele recorda ainda o documento do Vaticano II, "Gaudium et Spes", número 22, que diz: "Cristo pensou com a mente humana, agiu com vontade humana, trabalhou com mãos humanas, amou com coração humano".

"Assim deveria ser a sua Igreja. Assim deveria ser pensada a sociedade. Assim deveriam se configurar as nossas relações humanas. O estilo de Jesus deveria ser o nosso estilo, o coração dele deveria ser o nosso", completa.

Outra característica que aparece na carta aos filipenses e que é mencionada pelo Prelado é o convite de Paulo à humildade, o que é um desafio para todas as nossas comunidades: "Servir ao Senhor com toda a humildade". Uma humildade, segundo o Bispo, que derruba as tentativas de soberba, essa inclinação que nos faz crer que somos "alguém superior" em relação aos outros; que alimenta em nós um conceito exagerado sobre nós mesmos. Ele ressalta que São Paulo recomenda que sejamos humildes a ponto de considerar os outros superiores a nós mesmos.

"Olhando para a comunidade dos filipenses, tem-se a impressão de se estar diante de cristãos bem comprometidos, generosos, disponíveis à partilha e à acolhida. Esse pode ser um estímulo para revisar o estilo das nossas comunidades, onde hoje, mais do que nunca, torna-se necessária a prática de uma caridade operosa e inteligente", avalia o Dom Gislon.

Enfim, o prelado afirma que cabe examinar o papel das mulheres, decididamente marcante na comunidade dos filipenses. Conforme ele, a colaboração delas aparece de forma muito importante: Paulo diz que elas "lutaram pelo Evangelho" e mostraram-se muito dispostas à generosidade e à solidariedade.

"Faço um convite para que as nossas comunidades, neste mês de setembro, se espelhem nas primeiras comunidades cristãs, fazendo da Palavra de Deus uma fonte inspiradora", conclui o Bispo.
SIR

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