SAO VICENTE DE PAULO, PRESBÍTERO, FUNDADOR, 27 DE SETEMBRO

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

"Repousa sobre mim o Espírito do Senhor; ele me ungiu para levar a boa nova aos pobres, e curar os corações contritos" (Lc 4, 18).

O amor com que tratou os mais necessitados espelhava o próprio Cristo. A Igreja celebra sua memória em 27 de setembro.


 São Vicente de Paulo
 nasceu de família pobre, em 1581, na França. O pai, observando com satisfação as excelentes qualidades de espírito do filho, esforçou-se ao máximo para lhe proporcionar os estudos eclesiásticos, como era desejo de Vicente. Logo após ser ordenado padre foi trabalhar como vigário paroquial numa pequena paróquia rural; aí teve contato direto com as misérias materiais e espirituais que assolavam a sociedade francesa desta época.

Estamos no século XVII, a França é contada entre as primeiras potências na Europa, impulsionada pelo ideal de grandeza nacional, mas devastada por guerras e lutas internas. É o século do Rei Sol, rei Luís  XIV, século na verdade, de grandes misérias: por toda parte havia crianças abandonadas, prostituição, pobreza e ruínas resultantes das guerras e revoluções, além de ignorância religiosa das populações rurais e um lamentável estado de boa parte do clero. É este o triste quadro da situação social e religiosa da França nesse século.

Toda essa realidade que o circundava foi como que a motivação primeira para que ele envereda-se por uma profunda vocação de ajuda aos mais necessitados. 

Vicente também passou por grande provação ao ser capturado por piratas durante uma viagem e vendido como escravo em Tunis, na África, onde lhe foram impostos pesados trabalhos. Ele em nenhum momento murmurou, aceitando com bondade e humildade tal sorte, sendo durante seu cativeiro tão grande pregador do Evangelho, que converteu seu patrão do islamismo.

Livre do cativeiro Vicente volta para sua terra a fim de prontamente colocar-se ao trabalho dos mais necessitados. Trabalhou com os colonos, ajudou na reforma do clero, nas obras de assistência e na luta contra o jansenisno. Tinha livre acesso nos palácios, o que era de grande ajuda ao seu apostolado. 

Com um grupo de companheiros funda a Congregação da Missão ou dos Lazaristas, sacerdotes que emitiam votos de consagração à evangelização dos pobres.

Junto a Santa Luísa de Marillac, funda a sociedade das Filhas da Caridade, conhecidas por Irmãs Vicentinas que se dedica ao serviço dos abandonados, dos órfãos, dos velhos, das moças, dos inválidos e demais necessitados.Esta instituição vem reunir e organizar a grande variedade das obras de caridade de São Vicente, sendo talvez esta a instituição cristã dedicada à pura prática da caridade, de maior extensão no mundo e no tempo. Contam-se milhares, as Irmãs de Caridade que trabalham hoje em leprosários, orfanatos, hospitais, manicômios, escolas, asilos, etc.,estendendo a presença de São Vicente de Paulo até os nossos dias.


Durante sessenta anos a França viu esse homem infatigável, dotado de grande fineza de espírito, rico de piedade simples e profunda.

Foi inspirador de muitíssimas obras que surgiram depois dele. Entre elas destaca-se por iniciativa de Frederico Ozanam (1813-1835), as Conferências de São Vicente de Paulo, através das quais especialmente jovens se colocam a visitar e socorrer os pobres em suas casas.

São Vicente alcançou a idade de 85 anos. Embora bastante enfraquecido e alquebrado, levantava-se às 4 horas, celebrava a Missa e dedicava três horas à oração.  Morreu aos 27 de setembro de 1660, riquíssimo de méritos, sendo seu corpo sepultado na igreja de São Lázaro (ou capela dos Lazaristas), enquanto seu coração se conserva também incorrupto no convento das Irmãs da Caridade em Paris.
Grandes e numerosos milagres foram observados no seu túmulo. Em 1737 foi canonizado pelo Papa Clemente XII,com o título de Padroeiro das Obras Sociais.
                           
                                       ORAÇÃO


Ó Deus, que, para socorro dos pobres e formação do clero, enriquecestes o presbítero são Vicente de Paulo com as virtudes apostólicas, fazei-nos, animados pelo mesmo espírito, amar o que ele amou e praticar o que ensinou. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
(Publicado em 27.09.2010, atualizado em 27.09.2012)

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