Conhecido também pelo seu nome moraviano John Dvorák e pelo nome de João Clemente Maria Hofbauer. Certo dia este sacerdote entrou numa taberna pedindo esmola; um jogador ao vê-lo o insultou e lhe cuspiu no rosto. O padre então enxugou o rosto com o lenço e disse tranquilamente: "Amigo, isso é para mim, peço-lhe agora alguma coisa para meus órfãos!" Este caiu em si e lhe deu generosa oferta, tornando-se seu amigo.
Nasceu em 26 de dezembro de 1751 em Tasswitz, Morávia, o nono de doze filhos de uma família muito pobre, tendo recebido o nome de John Dvorák.
Seu pai mudou o nome de família do moraviano Dvorák para o germânico Hofbauer. Ele morreu em plena guerra, quando Clemente tinha apenas seis anos de idade, deixando a família com dificuldades. Sua mãe mostrando um crucifixo, disse-lhe: "Meu filho, de hoje em diante é este teu Pai; procura andar sempre no caminho que lhe é agradável". As palavras da mãe foram férteis no coração de Clemente que em tudo e em todo lugar buscou ser exemplo de quem ama.
Possuidor de uma alma cândida e piedosa, desde pequeno já se sentia inclinado ao chamado para ser sacerdote e missionário, mas sua família era muito pobre para pagar sua educação Mais tarde tomou o nome de Clemente, quando foi um eremita na Itália com Peter Kunzmann. Fez varias peregrinações a Roma e durante a terceira delas, entrou para o a Ordem dos Redentoristas em San Guliano e adicionou o nome de Maria passando a se chamar Clemente Maria Hofbauer. Durante uma missa, ele se encontrou com algumas pessoas que decidiram pagar pelos seus estudos, que ele fez na Universidade de Viena e em Roma.
Ordenado sacerdote em 1785, com trinta e quatro anos, foi designado para Viena, onde poderia realizar seu grande ideal de fundar a Congregação também em sua terra natal.
Viajou para Viena com seu amigo e conterrâneo,Tadeo Huebl, porém logo percebeu que seria impossível concretizar seu ideal em qualquer parte do país, devido à política anticlerical do governo de José II, da Áustria.
De acordo com seus superiores, Clemente foi então a Varsóvia e se estabeleceu na igreja de São Benone, colônia de alemães, onde por 20 anos evangelizou com tanto ardor que sua igreja tornou-se centro e fonte de vida espiritual, com muitas conversões. Melhorou o prédio que estava quase em ruínas, e construiu um largo e espaçoso convento ao lado. Pregavam em alemão e polonês, quatro vezes por dia e estenderam suas atividades também às paróquias vizinhas, a tal ponto que em poucos anos Clemente fundou mais três conventos redentoristas.
Num tempo em que as guerras continuadas deixavam o povo na miséria e as crianças entregues à sorte, confiante na Providência Divina, fundou um asilo para abrigar as crianças mais necessitadas e uma escola onde 350 crianças pobres tinham ensino gratuíto.
Exerceu intenso trabalho missionário em Varsóvia com vários companheiros de 1786 a 1808, trabalhando com os pobres e construindo escolas. Dali ele enviou missionários Redentoristas para a Alemanha e Suíça. Porém, as guerras napoleônicas trouxeram grandes provações às obras de Clemente, quando Napoleão mandou fechar as casas e prendeu os religiosos, em 1808.
Quando a situação se acalmou, Clemente viajou para Viena, para realizar seu antigo sonho de trabalhar com seus patrícios e fundar um convento redentorista. Tornou-se um apóstolo incansável, zeloso e caridoso. Apaixonado pela Igreja e pela salvação das almas, foi a alma da renovação cristã da Áustria. Notável pregador e diretor espiritual, sempre revelou uma extrema piedade e fé inabalável na Divina Providência.
Em Viena, Clemente era diretor espiritual do Convento das Irmãs Ursulinas, fundou um colégio católico, trabalhou com os pobres e também ajudou a revitalizar a vida religiosa na Alemanha.
Faleceu em 15 de março de 1820 na Áustria, Viena, com quase setenta anos, chorado por toda a cidade de Viena.
É considerado o segundo fundador da Congregação do Santíssimo Redentor.
Foi beatificado pelo Papa Leão XIII em 29 de janeiro de 1888 e canonizado em 1909 pelo Papa Pio X.
Foi indicado padroeiro de Viena pelo Papa Pio X em 1914.
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