SÃO FÉLIX DE VALOIS, SACERDOTE, EREMITA, FUNDADOR, RELIGIOSO, 20 DE NOVEMBRO

terça-feira, 20 de novembro de 2012


1127-1212
Co-fundador da Ordem da
Santíssima Trindade
"Padres Trinitários"

Félix era príncipe da casa real de Valois, da França. Nasceu na cidade de Paris no ano de 1127. Tinha à sua disposição todas as comodidades da realeza, mas possuía alma caridosa e despojada de vaidades. Desde a infância sentiu sua vocação florescer para o sacerdócio, pela precoce preocupação e cuidado com os necessitados.

Detentor de uma grande fortuna pessoal, dava aos pobres tudo o que podia e com freqüência se privava, do próprio alimento para socorrê-los.
Ainda jovem, tomou a decisão de seguir o chamado de Jesus Cristo. Completou seus estudos e recebeu a ordenação sacerdotal renunciando a todos os direitos, aos títulos de nobreza e às riquezas terrenas. Escolheu ser um monge eremita, pois almejava uma vida solitária e humilde, dedicado somente à religião. Entretanto Deus tinha outros planos para sua vida.

Foi procurado pelo amigo João da Mata, doutor e sacerdote, que queria seguir o seu modo de viver a espiritualidade. Félix, que lhe conhecia a cultura e a inteligência, aceitou-o como companheiro e não como discípulo. Foram três anos de aprendizado em que se uniram a santidade de Félix e a inteligência e praticidade de João da Mata.

Naquele tempo aconteciam as incursões dos piratas que aterrorizavam o mar Mediterrâneo, assaltando navios e a Europa, atacando e invadindo as cidades portuárias. Eram os turcos muçulmanos, chamados mourosque se consideravam verdadeiros inimigos do cristianismo, por este motivo matavam, saqueavam e também prendiam os cristãos sobreviventes para que servissem como escravos.

Deus suscitou quase contemporâneamente duas Ordens religiosas, uma na Espanha, com o nome de Nossa Senhora das Mercês,fundada por dois grandes santos: são Pedro Nolasco e são Raimundo Nonato e, outra na França, com o título da Santíssima Trindade, ambas com a finalidade de resgatar os cristãos presos pelos mouros.

O chamado:
Um dia, Félix e João estavam caçando nos bosques de Cerfroi, em locais retirados, quando tiveram a mesma visão divina. Nela, Deus os chamava para lutar pela libertação dos cristãos que sofriam como escravos nas mãos dos muçulmanos através da formação de uma Ordem religiosa com tal finalidade. Sem se intimidar pelos riscos que a missão acarretaria, Félix e João iniciaram a Obra imediatamente. Viajaram para Roma exclusivamente para contar ao papa Inocêncio III a visão e pedir autorização para criar a Ordem.

O papa, que também tivera a mesma visão, reconheceu os dois como os sacerdotes indicados pela Providência Divina. Assim, aprovou e promoveu a criação da Ordem da Santíssima Trindade para a Libertação dos Cristãos, ou "Padres Trinitários". O primeiro convento foi edificado em Cerfroi, na diocese de  Meaux, França, no exato local da visão original. Enquanto João cuidava da organização da Ordem e de suas atividades apostólicas, Félix trabalhava na formação espiritual dos membros, cujo número crescia sempre mais, atraídos pela santidade de Félix.

A luta foi tenebrosa, mas rapidamente recuperaram a liberdade e a condição social de muitos cristãos escravizados. Os padres chegavam a entregar-se como escravos para conseguir realizar plenamente o trabalho de resgate. Assim, cumpria-se a profecia de outra visão de Félix: a de que os padres da Ordem passariam por vexames, perseguições para obter a liberdade e dignidade de cada um dos cristãos escravizados.

Ascendeu à pátria celeste em 4 de novembro de  1212, com oitenta e cinco anos, na Casa-mãe da Ordem, o primeiro convento fundado por ele, em Cerfroi, onde foi sepultado.
Beatificado em 1666, teve seu culto confirmado para toda a Igreja no final do século XVII.
A celebração da memória de são Félix de Valois ocorre no dia 20 de novembro.

A grande reputação de sua santidade e de milagres reportados em sua tumba fez com que o Papa Urbano IV o canonizasse em 1 de maio de 1262.

Mas em 1631 os trinitários tentaram receber a permissão para celebrar as festas dos santos Felix e João liturgicamente na França e na Espanha (como seus irmãos na Inglaterra haviam conseguido desde 1308), mas como o Concilio de Trento havia estabelecido controles restritivos dessas celebrações eles não receberam permissão. A Bula papal de canonização de Felix do Papa Urbano IV também havia se perdido, assim os trinitários começaram a colher novos dados.

Eles encontraram os "canons "de Meaux invocando São Felix desde 1219 , em 1291 Capelão Geral fixou o dia de sua festa e em 1318 o provincial da Inglaterra recebeu os ofícios da missa do Papa João XXII. Havia bastante documentos para convencer ao Papa Alexandre VII a confirmar o culto em 21 de outubro de 1666. Mas, 5 anos mais tarde o Sagrado Colégio dos Ritos ainda não havia adicionado Felix e João na Martirologia Romana, e apenas com a intercessão do Rei Louis XIV da França e Philip V da Espanha a favor de Felix de Valois, fez com que o Papa Inocencio XII estendesse as festas de São Feliz de Valois e São João da Mata a toda Igreja católica em 1694.

Os resto mortais de São Felix foram perdidos. Em 1705 foram feitas pesquisas em Cerfroid para se encontrar ossos e nenhuma relíquia de qualquer tipo foi encontrada.

Devido a estas inconsistências, em 1969/70 o culto a São Felix ficou restrito a um culto local.

NOVENA A SÃO FÉLIX DE VALOIS
Ó glorioso Patriarca São Félix de Valois, vós que inflamado do amor de Deus, abandonastes as riquezas passageiras e os afetos terrenos para levar uma vida de oração e penitência na solidão de Cerfroid, e ser elevado, portanto, à dignidade sacerdotal, para depois reinar com Cristo no céu: ouvi-nos, isso vos pedimos, com olhar benigno; confortai-nos em nossas penas, socorrei-nos em nossas inúmeras necessidades espirituais e temporais e com a vossa poderosa intercessão concedei-nos da Santíssima Trindade a graça de imitar-vos no desprezo dos falsos bens desta vida, para aspirar somente aos bens eternos na outra. Glória ao Pai...

V. Rogai por nós, ó glorioso São Félix. 
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.


Oremos: Ó Deus, que chamastes São Félix de Valois, presbítero, do silêncio do deserto à obra da redenção dos cativos, nós vos suplicamos: por sua intercessão, a vossa graça nos liberte da escravidão de nossos pecados e nos conduza à pátria celeste. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.



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