Junto com sua amiga Anatólia, Vitória converteu-se ao cristianismo e manifestou a intenção de permanecer virgem. Como já estava prometida em casamento, o noivo de Vitória, um nobre romano de nome Eugênio, interessado em preservar o dote e procurando ganhar tempo, conseguiu com o favor imperial que Vitória fosse exilada de Roma. A jovem Vitória foi exilada na cidade Trebula Mutuesca, na Sabina.
Conta a lenda que, na entrada desta cidade, habitava um dragão (representação de algo do mal, que é contrário ao Bem, a Deus) que, com seu hálito pestífero, contaminava e matava homens e animais. O senhor de Trebula dirigiu-se ao local onde estava exilada Vitória e solicitou-lhe que, invocando o seu Deus, libertasse a cidade do dragão, prometendo em troca a conversão de toda a cidade ao cristianismo.
Através de jejum e orações, o dragão foi exorcizado, desaparecendo da região. Em agradecimento, a comunidade enviou a Vitória várias jovens para serem educadas no credo cristão. No entanto, foi denunciada como cristã pelo noivo, ainda inconformado com a negativa de casamento. Negando-se a adorar uma deusa pagã, Vitória foi morta pelo carrasco com um golpe de espada. Martirizada no dia 19 de Dezembro, foi colocada num sarcófago no dia 23 e enterrada no mesmo local de onde havia afugentado o dragão.
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