S. ALBERTO MAGNO, RELIGIOSO, BISPO, DOUTOR DA IGREJA, 15 DE NOVEMBRO

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Um dos maiores homens do século XIII, Santo Alberto, chamado Magno, porque brilhou como estrela de primeira grandeza no firmamento da ciência e da santidade.

Santo Alberto Magno foi Frei Dominicano, um pregador eloqüente, magistral professor das ciências naturais e das doutrinas da fé; pleno de virtudes, ciência, sabedoria e fé inabalável; grandioso em todos os sentidos, escritor, fundador, Bispo e finalmente, Doutor da Igreja. 

Entretanto, ainda jovem quase desistiu da vida religiosa, sentia dificuldades no entendimento do estudo da Teologia. Segundo ele próprio, foi Nossa Senhora que o fez perseverar. Devotíssimo da Virgem Maria, durante as orações ela o teria aconselhado a não desistir, pois se o fizesse pouco a pouco os dons que tinha recebido, lhe seriam tirados. Desde então, dizia: "Minha intenção última está na ciência de Deus". E sem dúvida, a forma rápida e fácil como aprendia tudo e a clareza com que, pregava, explicava e ensinava, eram dons divinos. 


Nascido em 1206, na Alemanha, Alberto pertencia à influente e poderosa família Bolsadt, rica, nobre, cristã e de tradição militar. Piedoso desde a infância, Alberto recebeu uma educação muito aprimorada, digna dos nobres. Porém sempre deixou evidente a sua preferência pelos estudos das ciências naturais e pela religião, às alegrias fúteis da corte. 


Aos dezesseis anos, foi para a universidade de Pádua, na Itália, onde, sob a tutela de Maria, completou os estudos superiores. Em 1229, tornou-se frade dominicano pregador. Lecionou nos principais pólos de cultura europeus de sua época, a Itália, Alemanha e França. Em Paris atraiu tantos estudantes e discípulos que teve que lecionar em praça pública, a qual passou a ser chamada de praça Maubert - uma derivação de Magnus Albert, que é mantido até hoje. Alí dentre seus discípulos estava Santo Tomás de Aquino, outro  dominicano, cuja importância não é menor. 




Quando em 1254 foi eleito superior provincial de sua ordem na Alemanha, abriu mão da cátedra de Paris para ficar na comunidade dominicana sob sua direção. Ali demonstrou todo o seu espírito de monge pobre e humilde. Viajou por grande parte da Alemanha e fundou vários conventos, além de renovar os já existentes, sempre a pé e pedindo esmolas no caminho para se alimentar.  



Em 1260 foi nomeado Bispo de Ratisbona, mas só ocupou o cargo por dois anos, pedindo exoneração. Interessava-se mais pelo saber, que pelo poder, por isso voltou à vida simples no convento que fundara e ao ensino na universidade de Colônia. Já entrado nos setenta anos, foi incumbido pelo Papa Urbano IV de liderar as cruzadas na Alemanha e na Boêmia. Em 1274 teve participação decisiva na união da Igreja grega com a latina, no Segundo Concílio de Lião. 


Três anos antes de sua morte Santo Alberto Magno começou a perder a memória. Mandou então construir seu próprio túmulo, e rezava o ofício dos mortos, todos os dias. Morreu serenamente no dia 15 de novembro de 1280, com 74 anos de idade. Trezentos e cinquenta anos depois de sua morte, seu corpo foi encontrado sem vestígios de decomposição, talvez como prêmio divino pela vida inteiramente consagrada a Deus, na luz da ciência e da santidade. O Papa Pio XI o canonizou e proclamou Doutor da Igreja, em 1931. Dez anos depois, o Papa Pio XII o declarou padroeiro dos estudiosos das ciências naturais.

O grande filósofo e teólogo que dedicou sua vida na busca incansavelmente no encontro da ciência com a fé, se destacou principalmente pela humildade e caridade.  Foi, sobretudo, um pesquisador profundo, observador e amante da natureza. Dissertava com a maior competência sobre astronomia, física, meteorologia, mecânica, arquitetura, mineralogia, zoologia e botânica. Escreveu mais de vinte e duas obras sobre teologia e ciências naturais como a filosofia, a química, a física, e botânica, além de inúmeros tratados sobre as artes práticas como tecelagem, navegação, agricultura.Por tudo isso, ainda em vida era chamado de "o Magno" por seus contemporâneos.

Seus escritos testemunharam grande amor a Jesus Sacramentado e à Mãe de Deus.


ORAÇÃO


Ó Deus, quisestes que o bispo santo Alberto fosse grande porque soube conciliar a sabedoria humana e a verdadeira fé; dai-nos, na escola de tão grande mestre, conhecer-vos e amar-vos mais profundamente na medida em que progredimos nas ciências. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Publicado em 15.11.10, atualizado em 15.11.2012)

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