SANTA GERTRUDES, A GRANDE, VIRGEM, ABADESSA, MÍSTICA, 16 DE NOVEMBRO

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Monja beneditina voltou para Deus em 1302. Tendo entrado muito jovem no mosteiro de Helfta, na Saxônia, lá recebeu uma sólida formação humanística e teológica, sob a direção de Santa Matildes.  Privilegiada desde os vinte e cinco anos com graças místicas, encontrou na celebração da liturgia e na meditação da Sagrada Escritura os fundamentos de uma intensa vida contemplativa.  

Santa Gertrudes de Helfta foi monja cisterciense e escritora mística, também conhecida como Gertrudes a Grande, ou Gertrudes a Magna. Das origens de Gertrudes de Helfta só se conhece a data de nascimento: 6 de janeiro de 1256. O lugar parece ter sido Eisleben, e a familia é um enigma. O silêncio a respeito leva a crer que em sua família existiam circunstâncias que na época não era adequado mencionar.Com a idade de 5 anos foi entregue ao mosteiro de Helfta, na Saxônia, brotando em sua alma a vocação claustral, ali permanecendo até a morte.

 Gertrudes iniciou sua aprendizagem monástica. Realizou o noviciado, professou e recebeu uma cuidada formação teológica, filosófica, literária e musical sob a direção de Santa Matildes.Conviveu no mosteiro com a grande mística Matilde de Magdeburgo, mestra de espiritualidade, que escreveu em forma de poesia toda a sua preciosa vivência mística, depois encerrada num livro. 

Matilde foi o personagem decisivo na vida interior de muitas jovens que dela se aproximavam. Era uma mestra de uma espiritualidade fortemente ligada ao chamamento místico. Com ela Gertrudes desenvolveu a sua de modo muito semelhante, recebendo, em seguida, através de suas orações contemplativas muitas revelações de Deus.

Em 27 de janeiro de 1281, aos 25 anos,  teve sua primeira experiência mística, que suporía uma profunda mudança em sua vida. Tratou-se de uma visão de Cristo adolescente, que lhe dizia: "Não temas, te salvarei, te livrarei... Volve-te a mim e eu te embriagarei com a torrente de meu divino regalo". A partir disto deixou os estudos profanos e de literatura pelos estudos teológicos; e sua existência de rotineira, passou a ser uma profunda experiência mística que Gertrudes viverá em intensidade em meio a vida comunitária.

 Profundamente contemplativa, sua ocupação predileta era meditar a sagrada paixão e morte de Cristo e adorar a Jesus no sacrário. Também tinha grande devoção a Maria Santíssima, que venerava e invocava com confiança filial. Ao lado dos êxtases e revelações, praticava mortificações e penitências, castigando o corpo e purificando-se de todo apego às coisas terrenas. 

Muitas vezes sofreu enfermidades, porém isto não a incapacitou para dedicar-se a escrever diversas obras literárias entre as quais comentários à Sagrada Escritura. Perderam-se quase todas as suas obras, conservando-se só três. Seus escritos e espiritualidade passaram desapercebidos até que em1536 os cartuxos de Colônia imprimem o Memorial. A aceitação e êxito foi enorme, e produziu-se toda uma corrente espiritual em torno a ela que se traduziu em reedições contínuas de seus escritos e numerosas biografias. Por tal êxito, e ao desconhecer o apelido, começou a ser chamada Gertrudes a Grande, ou a Magna.

 Toda a sua rica experiência transcreveu e reuniu no livro "Mensageiro do divino amor", talvez a mais importante obra cristã tendo como temática a teologia mística. Nele, também conta que, constantemente, era tomada por arrebatamentos sublimes e tristezas profundas advindas do estudo da Palavra.

 Sua espiritualidade era cristocêntrica. O conteúdo de suas visões e reveleções era o conhecimento do amor de Cristo em relação aos homens. O amor à humanidade de Cristo levou-a a descobrir e incentivar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, culto que alcançaria enorme expansão, no futuro, com as grandes revelações de santa Margarida Maria Alacoque, no século XVII.

Mais tarde, foi eleita abadessa, cargo que exerceu até o fim de seus dias. Esteve doente e sofreu muitas dores físicas por mais de dez anos até ir ao encontro do amado esposo, Jesus,  em 1302, com 46 anos de idade. O papa Clemente XII, em 1738, autorizou a festa em sua memória, no dia 16 de novembro.
Foi uma das maiores místicas ao lado de Santa Teresa d'Avila e de São João da Cruz.

ORAÇÃO
Ó Deus, que preparastes para vós uma agradável morada no coração da virgem santa Gertrudes, iluminai, por suas preces, as trevas do nosso coração, para que experimentemos em nós a alegria da vossa presença e a força da vossa graça. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. 


Incendiai o meu coração
(SantGertrudes dHelfta)

Eu Vos saúdo,
Ó Sagrado Coração de Jesus,
fonte viva e vivificante da vida eterna,
tesouro infinito do Amor Divino.
Sois o lugar do meu repouso,
o refúgio da minha segurança.
Ó meu amável Salvador,
inc
endiai o meu coração
c
om o amor ardentíssimo
qu
e queima o Vosso;
d
erramai no meu coração
as gr
andes graças
d
e que o Vosso é a fonte;
qu
e a Vossa Vontade seja a minha
e qu
e a minha esteja
etern
amente conforme com a Vossa,
p
orque desejo que no futuro
a Vossa Sant
a Vontade seja norma
d
e todos os meus desejos
e d
e todas as minhas ações.


(Publicado em 16.11.10, atualizado em 15.11.2012)

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