SANTA FAUSTINA, RELIGIOSA, MÍSTICA, APÓSTOLA DA MISERICÓRDIA DE DEUS, 5 DE OUTUBRO

sexta-feira, 5 de outubro de 2012


Santa Faustina Kowalska era uma polonesa nascida na vila de Glogowiec, perto de Lodz, a terceira de uma família de dez filhos. Aos vinte anos entrou para a Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia, cujas Irmãs se dedicavam à assistência de moças decaídas, ou em perigo a seguir o mau caminho.
Em 1934, obedecendo a indicação do seu diretor espiritual, Pe. Miguel Sopocko, Santa Faustina iniciou seu Diário que intitulou: “A Misericórdia Divina em minh’alma”. A narração pormenorizada de profundas revelações e experiências espirituais extraordinárias revelam o modo pelo qual, Nosso Senhor deseja incumbi-la da missão particularíssima de proclamar ao mundo a mensagem da Sua Misericórdia unida as novas formas de culto, quais sejam: uma imagem, uma festa comemorativa e outras; essas, por outro lado, se referem à doutrina do Evangelho e particularmente, a conceitos e símbolos derivados do apostolo João.
Em 5 de outubro de 1938, Santa Faustina Kowalska falece devido a uma tuberculose múltipla. Tinha trinta e três anos. A doença, muito dolorosa, a transformou numa vitima da misericórdia Divina, fazendo com que essa se derramasse sobre a Igreja e que a humanidade contemplasse com maior fé a própria redenção.
(texto extraído da Devoção à Divina Misericórdia,dos Padres Marianos.)

O CHAMADO: Vida de Santidade e Amor a Deus

Helena Kowalska nasceu em 25 de agosto de 1905, em Glogowice, Polônia, numa família pobre, mas profundamente religiosa. Dotada de grande inteligência, memória privilegiada e muito estudiosa, só pode frequentar a escola durante três anos, pois precisava ajudar a família. Aos nove anos recebeu a primeira Comunhão, orava muito e frequentava as missas todos os domingos. 

Aos 15 anos parte para a cidade vizinha em busca de trabalho para ajudar a familia. Fica um ano e regressa com o propósito firme de dizer à sua mãe que deseja abraçar a vida religiosa. Sua mãe se opõe dizendo não possuir dinheiro para o dote exigido. A amargura invade seu coração. Aos 18 anos tenta novamente convencer os pais, mas em vão.  Parte, então, para a cidade industrial de Lódz, em busca de trabalho. Lá cumpre seus deveres de cristã levando uma vida comum de vaidades como suas companheiras, porém não encontrando satisfação em nada, mas sempre recebendo o chamado interior do Senhor. Sofria muito com isso, como relata em seus escritos: Numa ocasião eu estava com minhas irmãs num baile. Quando todos se divertiam, minha alma sentia tormentos interiores. No momento que comecei a dançar, de repente vislumbrei Jesus ao meu lado, Jesus sofredor, despido de suas vestes, todo coberto de chagas, que me disse estas palavras: “Até quando te suportarei e até quando tu me enganarás?” Tentando disfarçar o ocorrido, deixei dissimuladamente minhas irmãs e companheiras e fui à Catedral de São Estanislau Kostka. Deixei-me cair diante do Santíssimo Sacramento e pedi ao Senhor que me desse a conhecer o que devia fazer. Então ouvi estas palavras:”Vai imediatamente à Varsóvia e lá entrarás no convento". Imediatamente contei às minhas irmãs que deveria partir para Varsóvia, fiz minha mala e disse a elas que se despedissem por mim de meus pais. Desci do trem sem saber a quem me dirigir e disse à Nossa Senhora: “Maria, dirigi-me, guia-me“. Imediatamente ouvi em minha alma que saísse da cidade e fosse a certa aldeia, onde poderia passar a noite em segurança. Foi o que fiz. No dia seguinte bem cedo, vim à cidade e entrei na primeira igreja que encontrei e comecei a rezar.

As missas se sucediam e em uma delas ouvi estas palavras: “Vai falar com esse padre e ele te dirá o que deves fazer em seguida”.  Fui à sacristia e contei o ocorrido e pedi conselho para saber qual convento ingressar. Por enquanto, disse o padre: vou enviar-te a uma senhora piedosa com a qual ficarás até ingressar no convento, a qual me recebeu muito bem. Depois de muito procurar e ser recusada, bati à porta do convento onde a madre superiora me recebeu e depois de uma breve conversação, disse-me que eu falasse com o Senhor da casa e perguntasse se ele me aceitaria.
Fui até a capela e perguntei a Jesus: Senhor, Vós me aceitais? e logo ouvi esta voz:" Eu te aceito, tu estás em meu Coração". Voltei e a madre me aguardava. Então perguntou se o Senhor me aceitava. Respondi que sim, ela me disse: Se o Senhor aceita, então eu também aceito. O citado convento pertencia à Congregação da Mãe de Deus da Divina Misericórdia. Mas Helena não pode entrar imediatamente, pois não tinha o dote. Teve que trabalhar durante um ano e juntar o dinheiro. Em 1º de Agosto de 1925, Helena atravessou , cheia de alegria, o umbral do convento. Após três semanas, Helena já não se achava tão contente, pois percebeu que havia pouco tempo para as orações.
Começou a achar que devia ingressar em uma congregação mais religiosa. Nos dias que se seguiram, este pensamento a atormentava e estava decidida a falar com a madre superiora, mas não conseguia. Certa noite entrou para a sua cela e as luzes estavam apagadas. Deitou-se no chão e rezou muito. Depois de um momento, sua cela clareou-se e viu o rosto de Nosso Senhor, muito triste.. Chagas vivas em toda a face e grandes lágrimas caiam na colcha da cama. Então perguntou a Jesus: Jesus, quem vos infligiu tanta dor? e Jesus respondeu:Tu me infligirás tamanha dor se saíres desta ordem! Chamei-te para cá e não a outro lugar e preparei muitas graças para ti.
Helena disse ter pedido perdão a Ele e mudado a sua decisão. No dia seguinte confessou-se e passou a sentiu-se feliz e satisfeita. Depois de dois anos, em 30 de Abril de 1928, Ir. Maria Faustina faz os votos temporários. Ë enviada para Varsóvia e trabalha na cozinha das irmãs e das alunas. no ano de 1931 é enviada ao convento da cidade de Plock e permanece até 1932. Em 1933 regressa à casa de Cracóvia e em 1º de maio faz a profissão perpétua. Poucos dias depois Ir. Faustina é enviada à cidade de Vilna e lá permanece três anos.
Esse período é bastante importante em sua vida espiritual que encontra seu mentor espiritual o padre Miguel Sopocko, confessor do convento, que ajuda -a no desenvolvimento do culto da “Divina Misericórdia“, juntamente com a superiora do convento. O artista – pintor Edmundo Kazimierowski – pinta a imagem “Jesus, eu confio em vós“, de acordo com as indicações de Ir. Faustina. Em 11 de maio de 1936 ela regressa à Cracóvia. Sua saúde já enfraquecida desde 1932, decai até o ponto de não mais poder executar as tarefas. A superiora a envia a uma casa de saúde perto de Cracóvia. Seu comportamento durante a doença é um hino permanente à Divina Misericórdia, bem como um exemplo de paciência diante da dor, de humildade, de completa entrega à vontade divina. Em 05 de Outubro de 1938, Ir. Faustina abandona esta terra, com a vista cravada no crucifixo, tranqüila, sem queixas.
”A HUMANIDADE NÃO ENCONTRARÁ A PAZ ENQUANTO NÃO SE VOLTAR, COM CONFIANÇA, PARA A MINHA MISERICÓRDIA” (Diário, 300)Fonte: Novena da divina misericórdia
                                                                                           A Hora da Misericórdia - Três horas da tarde
 Jesus pediu a Irmã Faustina que sempre às 3 horas da tarde, fizesse um momento de meditação sobre a Sua Paixão e implorasse misericórdia para o mundo. Em 1933, Deus ofereceu a Irmã Faustina uma impressionante visão de Sua Misericórdia. A Irmã nos conta:
“Vi uma grande luz, e nela Deus Pai. Entre esta luz e a Terra vi Jesus pregado na Cruz de tal maneira que Deus, querendo olhar para a Terra, tinha que olhar através das chagas de Jesus. E compreendi que somente por causa de Jesus Deus está abençoando a Terra”.
Esse pedido de Jesus é o que chamamos de Oração das Três Horas e pode ser recitado nessa hora, que foi o momento de Sua morte na cruz:
 “Às três horas da tarde implora à Minha Misericórdia, especialmente pelos pecadores, e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Esta é a hora de grande Misericórdia para o mundo inteiro. Permitirei que penetres na Minha tristeza mortal. Nessa hora nada negarei à alma que Me pedir em nome da Minha Paixão.” (Diário no. 1320)
“Lembro-te, Minha filha, que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-a e glorificando-a. Invoca a sua onipotência em favor do mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque nesse momento ela está largamente aberta para cada alma. Nessa hora, conseguirás tudo para ti e para os outros. Naquela hora, o mundo inteiro recebeu uma grande graça: a Misericórdia venceu a Justiça. Procura rezar nessa hora a Via-Sacra, na medida em que te permitirem os teus deveres, e se não puderes rezar Via-Sacra, entra ao menos por um momento na capela, e adora a meu Coração, que está cheio de Misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes ir à capela, recolhe-te em oração onde estiveres, ainda que seja por um breve momento.”
“São poucas as almas que contemplam a Minha Paixão com um verdadeiro afeto. Concedo as graças mais abundantes às almas que meditam piedosamente sobre a Minha Paixão.”
Uma jaculatória que pode ser rezada nessa hora e que também foi ensinada por Jesus à Irmã Faustina é a seguinte: “Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus, como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós!” (Diário, 84).

DO DIÁRIO de santa Irmã Faustina Plock, Polônia 1931, dia 22 de fevereiro.
À noite, quando me encontrava na minha cela, vi Nosso Senhor vestido de branco.  Uma das mãos erguida para a bênção, e a outra tocava-Lhe a túnica, sobre o peito.  Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e o outro pálido. Em silêncio, eu contemplava o Senhor; a minha alma estava cheia de temor,

mas também de grande alegria. Logo depois, Jesus me disse: Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós.
(…) Prometo que a alma que venerar esta Imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na Terra, a vitória sobre os inimigos e, especialmente, na hora da morte.
(…) Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benta solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia.Desejo que os sacerdotes anunciem essa Minha grande misericórdia para com as almas pecadoras. Que o pecador não tenha medo de se aproximar de Mim.

Para Irmã Faustina, a tarefa imposta por Jesus Cristo era simplesmente irrealizável, visto que ela não possuía as aptidões plásticas necessárias para isso. Apesar disso, ela procurava ser obediente à vontade de Jesus e tentava pintar o quadro por conta própria, mas sem resultado. A insistência de Jesus Cristo para que ela realizasse essa tarefa, por um lado, e, por outro lado, a descrença dos confessores e dos superiores tornou-se para Irmã Faustina um grande sofrimento pessoal. Durante a sua estada em Plock (cerca de 3 anos), e depois em Varsóvia, ela continuou preocupada com a exigência não realizada de Jesus, tanto mais que lhe fez sentir como nos planos divinos era importante a tarefa que lhe estava confiando.
“De repente vi o Senhor, que me disse: Fica sabendo que, se negligenciares a tarefa da pintura dessa imagem e de toda a obra da misericórdia, serás responsável por um grande número de almas no dia do julgamento” (Diário, 154).
Após professar os votos perpétuos, no dia 25 de maio de 1933 a Irmã Faustina foi transferida à casa religiosa em Vilna, onde encontrou a ajuda que anteriormente lhe havia sido prometida – o confessor e diretor espiritual pe. Sopocko, que empreendeu a tentativa de concretizar as exigências de Jesus Cristo.
”Levado mais pela curiosidade de ver que imagem seria essa do que pela crença na veracidade dessas visões, pedi ao pintor Eugênio Kazimirowski que pintasse esse quadro” (O pe. Sopocko, Memórias).
A imagem de Jesus Misericordioso surgiu numa atmosfera de presença divina – das vivências místicas da irmã Faustina. Esse apreciado e bem preparado pintor ao pintar a imagem de Jesus Misericordioso renunciou à sua própria concepção artística para honestamente recriar na tela o que lhe relatava a irmã Faustina. Durante seis meses ela vinha ao ateliê do artista pelo menos uma vez por semana, a fim de lhe apontar complementações e as necessárias correções. Ela se esforçou por fazer com que a imagem de Jesus Misericordioso fosse exatamente igual à que lhe havia sido apresentada na visão. Da pintura da imagem participou ativamente o fundador da obra, o pe. Sopocko, que a pedido do pintor posou vestido de alba. O período da pintura comum serviu de ocasião para uma interpretação mais profunda do conteúdo da imagem. As questões controvertidas eram decididas pelo próprio Jesus Cristo. Foi muito eloqüente um diálogo de Irmã Faustina com Jesus Cristo a respeito do quadro pintado:
”…quando fui à casa daquele pintor que estava pintando a Imagem e vi que ela não era tão bela como é Jesus, fiquei muito triste com isso, mas escondi essa mágoa no fundo do meu coração. (…) a Madre Superiora ficou na cidade para resolver diversos assuntos e eu voltei para casa sozinha. Imediatamente dirigi-me à capela e chorei muito. Eu disse ao Senhor:
Quem vos pintará tão belo como sois?
Então ouvi estas palavras: O valor da imagem não está na beleza da tinta nem na habilidade do pintor, mas na Minha graça” (Diário, 313).
Desse diálogo emana a sinceridade de uma pessoa agraciada com graça sobrenatural, que em suas vivências místicas via a beleza do Salvador ressuscitado por diversas vezes Jesus Cristo apareceu apareceu a irmã Faustina da forma como se encontra na imagem (D. 473; 500; 851; 1046; 1565) e também exigiu várias vezes que essa imagem fosse acessível ao culto público. Isso confirma que Jesus Cristo aceitou a imagem pintada no quadro santificando-a com a Sua presença viva.

Diário de Sta. Faustina
 O Diário foi redigido por ordem expressa do Senhor. É dividido em seis cadernos e conta com mais um sobre a preparação de Faustina para Santa Comunhão. Há também o calendário da vida da Santa Maria Faustina. Notas ao Diário. Índices temáticos, pessoas e localidades divididos em números. Fotografias do convento, do altar com  imagem de Jesus Misericordioso no Santuário da Misericórdia Divina em Cracóvia. É todo bem explicado e surpreendente!

Diz o Senhor à Ir. Faustina:
“Tua tarefa é escrever tudo que te dou a conhecer sobre a minha Misericórdia para o proveito das almas, as quais lendo estes escritos experimentarão consolo na alma e terão coragem de se aproximar de mim. E, por isso, desejo que dediques todos os momentos livres a escrever” (n° 1693).
Seguindo os passos de Ir. Faustina lembrem todas as almas e, em especial, aquelas afastadas de Deus e submersas no desespero, que Jesus espera-as com a sua infinita misericórdia e convida-as a mergulhar nela com total confiança.
Finalmente, repitamos com a Ir. Faustina as palavras dirigidas a Jesus:
“O meu maior desejo é que as almas conheçam que Vós sois a sua felicidade eterna, que creiam na Vossa bondade e glorifiquem para sempre a vossa misericórdia” (n° 305).
A Irmã Faustina Kowalski, apóstola da Misericórdia de Deus conhecida em todo o mundo, é considerada pelos teólogos como uma pessoa que faz parte de um grupo de notáveis místicos da Igreja. Nasceu no dia 25 de agosto de 1905, como a terceira dos dez filhos numa pobre, mas piedosa família de aldeões, em Glogowiec (Polônia). No batismo, que se realizou na igreja paroquial de Swinice Warskie, recebeu o nome de Helena. Desde a infância distinguiu-se pela piedade, pelo amor à oração, pela diligência e obediência, e ainda por uma grande sensibilidade à miséria humana. Apesar de ter frequentado à escola por menos de três anos, no DIÁRIO por ela deixado, numa linguagem extremamente transparente, descreveu exatamente o que queria dizer, sem ambiguidades, com muita simplicidade e precisão.
Neste DIÁRIO, escreve ela a respeito das vivências da sua infância: “… eu senti a graça à vida religiosa desde os sete anos. Aos sete anos de vida ouvi pela primeira vez a voz de Deus em minha alma, ou seja, o convite à vida religiosa, mas nem sempre fui obediente à voz da graça. Não me encontrei com ninguém que me pudesse esclarecer essas coisas”.
Trabalhou em diversas casas da Congregação, porém permaneceu mais tempo em Cracóvia (Polônia), Vilna (Lituânia) e Plock (Polônia), exercendo as funções de cozinheira, jardineira e  porteira. Exteriormente nada deixava transparecer a sua profunda vida mística. Ela cumpria assiduamente as suas funções, guardando com zelo a regra religiosa. Era recolhida e silenciosa, embora ao mesmo tempo fosse desembaraçada, serena, cheia de amor benevolente e desinteressado para com o próximo.
O severo estilo de vida e os extenuantes jejuns que ela se impunha antes ainda de ingressar na Congregação enfraqueceram tão severamente seu organismo que já no postulado teve de ser encaminhada para tratamento de saúde. Após o primeiro ano do noviciado vieram as experiências místicas extremamente dolorosas – da chamada noite escura, e depois os sofrimentos espirituais e morais relacionados com o cumprimento da missão que havia recebido de Jesus Cristo.Irmã Faustina ofereceu a sua vida a Deus em sacrifício pelos pecadores, a fim de salvar as suas almas, e por essa razão foi submetida a numerosos sofrimentos. Nos últimos anos de vida intensificaram-se as enfermidades do organismo: desenvolveu-se a tuberculose, que atacou os pulmões e o trato alimentar. Por essa razão, por duas vezes, durante alguns meses, permaneceu em tratamento no hospital.
Completamente esgotada fisicamente, mas em plena maturidade espiritual e misticamente unida a Deus, faleceu no dia 5 de outubro de 1938 com fama de santidade, tendo apenas 33 anos de idade, dos quais 13 anos de vida religiosa (Notas do Diário de santa Irmã Faustina).



Em determinado momento, no noviciado, quando a Madre Mestra me designou para cozinha das crianças, fiquei imensamente preocupada com isso, porque não podia dar conta das panelas, pois eram muito grandes. O mais difícil era escoar a água das batatas; algumas vezes, a metade das batatas caía fora. Quando contei isso à Madre Mestra respondeu-me que aos poucos me acostumaria e adquiriria prática. Contudo, essa dificuldade não desaparecia, visto que minhas forças diminuíam dia a dia e, em conseqüência da falta de forças, eu me esquiava, quando era preciso escoar a água das batatas. As Irmãs começaram a perceber que eu me furtava desse trabalho e ficaram muito admiradas; não sabiam que eu não podia ajudar, apesar de me esforçar com todo o meu zelo e de não poupar a mim mesma. Ao meio-dia no exame de consciência, queixe-me a Deus daquela falta de forças. Então ouvi na alma estas palavras: "De hoje em diante farás isso com grande facilidade. Fortalecerei as tuas forças". Ao anoitecer, quando chegou a hora de despejar a água das batatas, apressei-me por primeira, confiante nas palavras do Senhor. Com toda a facilidade peguei a panela e derramei a água perfeitamente bem. Mas quando tirei a tampa, para deixar sair o vapor das batatas, em vez de batatas vi dentro da panela ramalhetes inteiros de rosas vermelhas, tão belas que é difícil descrevê-las. Nunca tinha visto rosas assim. Fiquei atônita com o fato, sem compreender o seu significado mas, nesse momento, ouvi uma voz na alma: - Estou transformando o teu trabalho tão pesado em buquês das mais belas flores, e o seu perfume eleva-se até o Meu Trono. A partir daí, procurava tirar a água das batatas não somente durante a semana, marcada (27) para eu cozinhar, mas também na semana das outras Irmãs, substituindo-as nesse trabalho. Não apenas nesse trabalho, mas em todo trabalho pesado procurava vir em auxílio por primeiro, visto que verifiquei quanto isso era agradável a Deus. (pág 39-40 / nº65)
Canonizada pelo Servo de Deus João Paulo II, em 30 de abril de 2000 – Domingo da Divina Misericórdia -, Santa Faustina ilumina o nosso século com sua missão e vida. A devoção e o conhecimento da Misericórdia, assim como o testemunho de sua insigne virtude, se espalham hoje pelo mundo inteiro, convidando-nos ao abandono sem temor nas mãos d'Aquele que sempre acolhe com bondade e nunca decepciona.

Pois, como Ele próprio disse a Santa Faustina: “Causam-me prazer as almas que recorrem à Minha misericórdia. A estas almas concedo graças que excedem os seus pedidos. Não posso castigar, mesmo o maior dos pecadores, se ele recorre à Minha compaixão, mas justifico-o na Minha insondável e inescrutável misericórdia”.

                                          TERÇO DA MISERICÓRDIA
“Pela recitação desse Terço agrada-Me dar tudo que Me pedem. Quando o recitarem os pecadores empedernidos, encherei suas almas de paz, e a hora da morte deles será feliz. Escreve isto para as almas atribuladas: Quando a alma vê e reconhece a gravidade dos seus pecados, quando se desvenda diante dos seus olhos todo o abismo da miséria em que mergulhou, que não desespere, mas se lance com confiança nos braços da minha Misericórdia, como uma criança nos braços da mãe querida. Estas almas têm sobre meu Coração misericordioso um direito de precedência. Diz que nenhuma alma que tenha recorrido à minha Misericórdia se decepcionou nem experimentou vexame…”
“….Quando rezarem este Terço junto aos agonizantes, Eu me colocarei entre o Pai e a alma agonizante, não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso”.

Inicia-se com: Pai-Nosso, Ave-Maria, Credo
Nas contas maiores- "Eterno Pai, eu vos ofereço o Corpo e Sangue, alma e divindade do Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e os do mundo inteiro".
Nas contas menores-"Pela sua dolorosa paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro".
Ao final, rezar três vezes- "Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro".
"Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós".


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