BEATA MARIA MADALENA DA ENCARNAÇÃO, ABADESSA, FUNDADORA, 29 DE NOVEMBRO

domingo, 2 de dezembro de 2012

Fundadora da Ordem das Adoradoras Perpétuas do Santíssimo Sacramento

 Nasceu em Porto Santo Stefano (Itália) no dia 16 de abril de 1770, no seio de uma família fervorosamente católica. Foi batizada no dia seguinte com os nomes de Catarina Maria Francisca Antônia.
     Cresceu em um ambiente impregnado de religiosidade exemplar. Seu pai, Lourenço Sordini, promoveu que se expusesse o Santíssimo Sacramento na igreja paroquial, para a veneração pública, em circunstâncias especiais, com espírito de amor e reparação, como, por exemplo, no carnaval. Assim, desde sua adolescência, Catarina passava horas em adoração junto a Jesus Sacramentado.
     Aos 17 anos recebeu uma proposta de casamento da parte de Afonso, jovem de boa posição, que lhe presenteou joias preciosas. Adornada com elas, ao olhar-se no espelho o rosto doloroso de Jesus Crucificado lhe apareceu e a convidava a entregar-se totalmente a ele e lhe dizia: "Catarina, me abandonas por um amor humano?" Em fevereiro de 1788 ingressou no mosteiro das Terciárias Franciscanas de Ischia de Castro. Ao vestir o hábito religioso tomou o nome de Irmã Maria Madalena da Encarnação.
     Em 19 de fevereiro de 1789, terça-feira de carnaval, no refeitório viu "Jesus como em um trono de graça no Santíssimo Sacramento, rodeado de virgens que O adoravam" e ouviu uma voz que lhe dizia: "Te elegi para instituir a obra das Adoradoras Perpétuas, que dia e noite me oferecerão sua humilde adoração para reparar as ofensas e as ingratidões da humanidade e impetrar graças e ajudas de minha divina misericórdia". Aquele dia se converteu para ela no "dia da luz".
     No dia 20 de abril de 1802 foi eleita abadessa, cargo que ocupou até 1807, quando, seguindo a vontade de Deus que desejava um novo instituto, e redigidas as Constituições, se mudou para Roma com algumas Irmãs e a bênção de Pio VII, para fundar o primeiro mosteiro das Adoradoras Perpétuas do Santíssimo Sacramento, no convento de São Joaquim e Santa Ana, em Quattro Fontane. A fundação teve lugar no dia 8 de julho de 1807. Por iniciativa sua a igreja foi aberta para a adoração dos fieis leigos.
     Graças a sua união com Deus cada vez mais íntima, a seu grande espírito de fé e a sua intensa oração em tempos muito difíceis devido a invasão dos franceses depois da Revolução Francesa, conseguiu realizar muitas obras em beneficio do mosteiro e também de muitas pessoas que recorriam a ela.
     A Madre Maria Madalena profetizou ao Papa Pio VII a sua deportação para a França: "Mas não tenha medo; ninguém lhe poderá prejudicar e voltará glorioso a Roma". A cruz também chegou para as Adoradoras sob a forma da supressão do instituto e ela foi exilada em Florença.
     Com a queda do regime napoleônico, no ano 1814, a Madre voltou para Roma com algumas jovens florentinas e em 18 de setembro de 1817 vestiu o novo hábito religioso, que havia visto no "dia da luz": túnica branca e escapulário vermelho, símbolos do candor virginal e do amor a Jesus Crucificado e Eucarístico.
     Em 10 de março de 1818 a Santa Sé reconheceu oficialmente a Congregação, que a Madre Maria Madalena colocou sob o patrocínio da Virgem das Dores.
     A Beata faleceu em 29 de novembro de 1824, em Roma. Foi sepultada em Santa Ana no Quirinal, com a permissão do papa, que então residia no Palácio do Quirinal, mas em 1839 seus despojos foram transladados para a Igreja de Santa Maria Madalena em Monte Cavallo, nova sede de Roma das Adoradoras Perpétuas.
     Foi beatificada no dia 3 de maio de 2008 na Basílica de São João de Latrão, Roma.
     O Instituto conta hoje com mais de noventa mosteiros espalhados por todo o mundo. 
Fontes:


O milagre para sua beatificação 
O milagre comprovado, e pelo qual S.S. Bento XVI a declarasse beata em 3 de Maio de 2008, foi a cura de João de Deus Rodríguez Madrid, um sinaloense de 60 anos, que em 2 de Julho de 1994 teve um acidente. Ele ia sentado na parte traseira de uma camioneta que corria a grande velocidade, ao dar o veículo uma curva ele caiu a terra ferindo-se fortemente na cabeça contra o pavimento. 
Chegou inconsciente ao hospital. Em 3 de Julho à 01:40 horas foi preso de fortes convulsões, que provocaram que caísse da “marquesa” do tomógrafo; ferindo-se novamente a cabeça o que piorou a situação. Os exames que se realizaram puseram em evidencia uma fractura linear fronte-parietal, hemorragia subaracnoidea, edema cerebral difuso e hematoma laminar sottodurale occipital. Os médicos que o atenderam manifestaram um prognóstico desfavorável, temiam por sua vida e pelos transtornos neurológicos secundários ao grave trauma crânio encefálico. 
A madre Maria Eugénia Monárrez Madrid, sobrinha de João de Deus, monja Adoratriz Perpétua do Santíssimo Sacramento, avisada do acidente, convidou a comunidade e a sua família a rogar à Madre Maria Magdalena de la Encarnação, e se iniciou uma novena. A manhã de Segunda-feira 4 de Julho se lhe permitiu a Maria Eugénia visitar ao enfermo e o médico que o assistia no departamento de Terapia Intensiva lhe confirmou a gravidade da situação. Com toda sua fé, Maria Eugenia põe uma relíquia sobre a cabeça de seu tio, invoca a graça da cura por intercessão da Madre e em 6 de Julho, terceiro dia da Novena, às 13:35 horas, em presença dos doutores Marenco e Rivera, inesperadamente o enfermo move as extremidades, trata verbalmente com os presentes que a assistem, se levanta sozinha do leito e sem apoio, caminha. 
Os médicos afirmaram que a evolução da melhoria foi inesperada, rápida e impressionante, para a qual não tem explicação, pois de um caso assim, quem sobrevive, fica paralisado. 
Reproduzido com autorização de Vatican.va
Beata Maria Madalena da Encarnação, rogai por nós.

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