SÃO PAULO MIKI E SEUS COMPANHEIROS MÁRTIRES, RELIGIOSOS E LEIGOS, 6 DE FEVEREIRO

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013


SÃO PAULO MIKI E SEUS COMPANHEIROS,MÁRTIRES

Memória

Paulo nasceu no Japão, entre os anos de 1564 e 1566. Ingressou na Companhia de Jesus e pregou, com muito fruto, o Evangelho entre os seus compatriotas. Tendo se tornado mais violenta a perseguição contra os católicos, foi preso com vinte e cinco companheiros. Depois de muito maltratados, foram levados a Nagasáki, onde os crucificaram 
a 5 de fevereiro de 1597. Foram canonizados em 1862, formando o grupo dos primeiros mártires do Extremo Oriente.



Da História do martírio dos santos Paulo Miki e seus companheiros, escrita por um
autor do tempo
 (Cap.14,109-110:Acta Sanctorum Febr. 1, 769)
 (Séc.XVI)

Sereis minhas testemunhas
Quando as cruzes foram levantadas, foi coisa admirável ver a constância de todos, à
qual eram exortados pelo Padre Passos e pelo Padre Rodrigues. O Padre Comissário
permaneceu sempre de pé, sem se mexer e com os olhos fixos no céu. O Irmão
Martinho cantava salmos de ação de graças à bondade divina, aos quais acrescentava o
versículo: Em vossas mãos, Senhor (Sl 30,6). Também o Irmão Francisco Blanco dava
graças a Deus com voz clara. O Irmão Gonçalo recitava em voz alta o Pai-nosso e a
Ave-Maria.

O nosso Irmão Paulo Miki, vendo-se colocado diante de todos no mais honroso púlpito
que nunca tivera, começou por declarar aos presentes que era japonês e pertencia à
Companhia de Jesus, que ia morrer por haver anunciado o Evangelho e que dava graças
a Deus por lhe conceder tão imenso benefício. E por fim disse estas palavras: “Agora
que cheguei a este momento de minha vida, nenhum de vós duvidará que eu queira
esconder a verdade. Declaro-vos, portanto, que não há outro caminho para a salvação
fora daquele seguido pelos cristãos. E como este caminho me ensina a perdoar os
inimigos e os que me ofenderam, de todo o coração perdôo o Imperador e os
responsáveis pela minha morte, e lhes peço que recebam o batismo cristão.

Em seguida, voltando os olhos para os companheiros, começou a encorajá-los neste
momento extremo. No rosto de todos transparecia uma grande alegria, mas era no de
Luís que isto se percebia de modo mais nítido. Quando um cristão gritou que em breve
estaria no paraíso, ele fez com as mãos e o corpo um gesto tão cheio de contentamento
que os olhares dos presentes se fixaram nele.
Antônio estava ao lado de Luís, com os olhos voltados para o céu. Depois de invocar os
santíssimos nomes de Jesus e de Maria, entoou o salmo Louvai, louvai, ó servos do
Senhor (Sl 112,1), que tinha aprendido na escola de catequese em Nagasáki; de fato,
durante o catecismo, costumavam ensinar alguns salmos às crianças.

Alguns repetiam com o rosto sereno: “Jesus, Maria”; outros exortavam os presentes a
levarem uma vida digna de cristãos; e por estas e outras ações semelhantes
demonstravam estar prontos para a morte.

Finalmente os quatro carrascos começaram a tirar as espadas daquelas bainhas que os
japoneses costumam usar. Vendo cena tão horrível, os fiéis gritavam: “Jesus! Maria!”
Seguiram-se lamentos tão sentidos de tocar os próprios céus. Ferindo-os com um
primeiro e um segundo golpe, em pouco tempo os carrascos mataram a todos.

Responsório Cf. Gl 6,14; Fl 1,29

R. Nós devemos gloriar-nos na cruz de Jesus Cristo;
nele está a salvação, ressurreição e nossa vida;
* Pelo qual nós fomos salvos, pelo qual fomos libertos.
V. A vós foi dada a graça, não só de crer em Cristo,
mas também sofrer por ele. * Pelo qual.

Oração

Ó Deus, força dos santos, que em Nagasáki chamastes à verdadeira vida São Paulo Miki e seus companheiros pelo martírio da cruz, concedei-nos, por sua intercessão, perseverar até a morte na fé que professamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.

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